Sem rumo definido, Ibovespa aguarda conferência sobre Grécia

Publicado em 14/09/2011 13:41 e atualizado em 14/09/2011 15:35
Ainda de olho na situação europeia, investidores hesitam em adotar posições firmes nos mercados acionários americanos e brasileiro. Sem novidades em relação à crise grega, as expectativas de uma solução deram  fôlego às compras nas bolsas no início dos negócios, mas o movimento logo
perdeu força e os investidores começaram a reverter a atuação.

O Ibovespa já chegou a subir 1% na máxima do dia, para 56.110 pontos, e a recuar 0,8%, para 55.089 pontos, na mínima. Por volta das 13h15, o índice  cedia apenas 0,02%, aos 55.554 pontos, com giro financeiro de R$ 2,4 bilhões.  Se fechar no "vermelho", a bolsa nacional consolidará a quarta baixa  consecutiva.

Em Wall Street, a volatilidade também era acentuada. O índice Dow Jones  tinha valorização de 0,33%, enquanto o S&P 500 subia 0,44% e o Nasdaq  avançava 0,82%.

As atenções dos agentes permanecem voltadas a um conference call entre a  chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o  premiê grego, George Papandreou, para discutir a crise da Grécia. A  liberação de nova parcela do socorro financeiro ao país ainda não foi  aprovada e os recursos Grécia estão se esgotando, em meio às dificuldades
fiscais enfrentadas. O risco de um default segue no foco.

A preocupação do mercado com a exposição dos bancos europeus à crise  europeia ganhou um reforço, diante da decisão da Moody's de rebaixar os  rating das instituições francesas Société Générale e do Crédit Agricole.

Na Itália, o governo tenta convencer o mercado dos esforços feitos para não enfrentar a mesma situação da Grécia. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, ganhou, por estreita maioria, um voto de confiança do Parlamento.

Desta forma, ele praticamente garantiu a aprovação para o pacote de  austeridade de 54 bilhões de euros que o governo espera que vai restaurar a  confiança do investidor na capacidade de solvência do país.
   
O operador da mesa institucional da corretora Renascença Luiz Roberto Monteiro ressalta que o maior problema do mercado é não ter uma tendência definida em função das incertezas com o cenário externo. Ele avalia que o mercado não tem fatores consistentes para acreditar numa resolução dos problemas gregos e, portanto, a alta inicial das bolsas não se justifica.
"Enquanto não tivermos sinais claros de definição, vamos continuar nesta  gangorra de mercado, trabalhando em cima de expectativas", destaca.
 
Empresas

Dentro do Ibovespa, a maior parte das ações recua, com pressão principalmente de construtoras e varejistas. Os papéis PN da Lojas Americanas (-4,39%, a R$ 15,44) e ON da B2W (-2,08%, a R$ 17,35) ainda devolvem parte do forte ganho de ontem.

Entre as chamadas "blue chips", enquanto Vale PN cedia 0,26%, a R$ 41,45, Petrobras PN subia 0,14%, a R$ 20,35, e OGX Petróleo ON ganhava 1,17%, a R$ 11,16.

As principais valorizações partiam dos papéis Embraer ON (3,98%, a R$ 10,97) e Fibria ON (2,98%, a R$ 16,57), e também das ações Gerdau PN (2,96%, a R$ 14,23) e Usiminas ON (2,86%, a R$ 25,10).

O mercado acompanha de perto as negociações entre  a Nippon Steel, maior siderúrgica do Japão, e a brasileira Gerdau para evitar o êxito de uma oferta rival de US$ 2,9 bilhões, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por uma  participação na Usiminas, conforme noticiou a Bloomberg News.

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Fonte:
Agência Safras

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