Ibovespa avança 1,1% e encosta nos 57 mil pontos, à espera do Fed

Publicado em 21/09/2011 11:40
Apesar da queda das bolsas europeias e da instabilidade de Wall Street na abertura dos negócios, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) prossegue com ganhos nesta quarta-feira.

Por volta das 11h20, o Ibovespa subia 1,08%, aos 56.984 pontos, enquanto a Bolsa girava R$ 1,34 bilhão. Na BM&F, o índice futuro com vencimento em outubro apresentava alta de 1,39%, com o registro de 57.245 pontos.

Esta é a primeira valorização do mercado acionário brasileiro na semana.

Análise técnica da Itaú Corretora mostra que o Ibovespa segue dentro de um canal de alta de curto prazo e, acima da resistência em 57.620 pontos, deverá ganhar força para buscar o topo recente em 58.600 pontos e a forte resistência em 59.000 pontos.

“Do outro lado, em caso de queda, o Ibovespa encontrará suporte intraday em 56.000 pontos. Abaixo deste, o mercado deverá encontrar espaço para realização, com suportes em 55.000 e 54.100 pontos (forte)”, escreveu em relatório Marcello Rossi.

Nos Estados Unidos, as bolsas mostram volatilidade. Há pouco, o índice Dow Jones subia 0,06%, o S&P 500 recuava 0,04% e o Nasdaq registrava alta de 0,54%.

O mercado segue à espera da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e dos comentários de seu presidente, Ben Bernanke. A expectativa é de que sejam anunciadas medidas de estímulo à economia e especula-se a reativação da chamada “operação twist”, que consistiria em alongar o prazo dos títulos que o Fed tem em carteira. Ao fazer isso, as taxas de juros de longo prazo tenderiam a cair ainda mais, estimulando o consumo e o investimento.

Na agenda do dia, boas notícias do setor imobiliário. As vendas de imóveis usados aumentaram 7,7% em agosto na comparação com julho nos EUA, atingindo a taxa anual sazonalmente ajustada de 5,03 milhões de unidades, a mais alta em cinco meses.

O resultado, divulgado pela Associação Nacional dos Corretores de Imóveis do país (NAR, na sigla em inglês), veio acima do aumento de 2,7% esperado por analistas.

Com o olhar voltado para o Fed, o mercado deixa um pouco de lado a situação grega, até porque as discussões do país com a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu - a chamada troika – só devem prosseguir no fim de semana.

A Grécia informou apenas que obteve “progressos satisfatórios” na segunda rodada de negociações.

Ainda hoje, o governo grego vai promover uma reunião ministerial para discutir novas medidas, entre as quais estariam cerca de 6 bilhões de euros em cortes no orçamento para este ano e o próximo, mas também compromissos de reduzir o déficit fiscal do país durante os próximos três anos.

Empresas

Na cena corporativa brasileira, em novo dia de forte valorização do dólar, ações de exportadoras contribuem para a alta do Ibovespa.

Minutos atrás, as ações Petrobras PN subiam 1,16%, a R$ 20,84, Vale PNA ganhava 0,34%, a R$ 44,15, e OGX Petróleo ON se valorizava em 1,53%, a R$ 12,54.

As principais altas do índice pertenciam às companhias aéreas TAM PN (4,69%, a R$ 38,38) e Gol PN (4,16%, a R$ 12,50) e também aos papéis ON da Embraer (4,23%, a R$ 11,81).

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou ontem a compra da Webjet pela Gol com a restrição de que, na composição societária, a participação estrangeira no negócio não ultrapasse 20%.

Mesmo com a ressalva, o processo já segue para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao ministério da Justiça, que vai avaliar se a aquisição prejudica a concorrência no setor.

Dentre as poucas baixas do Ibovespa, destaque para as ações Banco do Brasil ON (-0,70%, a R$ 25,52), Duratex ON (-0,79%, a R$ 9,99) e Marfrig ON (-2,36%, a R$ 7,01).

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Fonte:
Valor Econômico

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