Grãos: Depois de dia sem direção, soja recua. Trigo e milho fecham no azul
Fatores negativos e positivos atuaram no mercado durante o pregão de hoje. Entre os que pressionaram nocivamente as cotações, estavam o fraco desempenho das bolsas de valores ao redor do mundo, a baixa do petróleo e, principalmente, a alta do dólar.
O avanço da moeda norte-americana acaba tirando um pouco da competitividade dos grãos negociados em Chicago no mercado. Além disso, alguns analistas afirmaram ainda que os investidores optaram por realizar parte dos lucros acumulados nos últimos dias.
Do outro lado, os preocupações com a severa estiagem que castiga a América do Sul continuaram sendo negociadas, hora dando suporte aos preços e estimulando novas altas, hora limitando baixas mais expressivas, como entre os futuros da soja, por exemplo.
"No caso da soja, os sentimentos estão desencontrados. Enquanto as recentes chuvas foram benéficas e devem ajudar na recuperação das lavouras, previsões de clima seco nos próximos dias na Argentina deixam o mercado nervoso, com alguns investidores tentados à especulação", explica o analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar.
Foi o que aconteceu no mercado do milho. Nesta quarta-feira, compras especulativas acabaram segurando o mercado na CBOT, além do registro de uma boa demanda doméstica para o cereal norte-americano. Porém, os ganhos, assim como já foi dito, acabaram limitados pelo mau humor do mercado financeiro.
Seguindo o bom desempenho do mercado vizinho, o trigo também fechou o dia no azul. O clima adverso na América do Sul puxa os preços do milho que, por sua vez, acabam puxando os do trigo. O que também favoreceu o avanço dos preços foram os rumores de uma drástica redução das exportações russas de grãos no segundo semestre do ano comercial 2011/12.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta quarta-feira:
>> SOJA
>> MILHO
>> TRIGO