Técnica desenvolvida pelo IAC pode aumentar em 20% produtividade da soja

Publicado em 04/05/2012 07:17
Conservação do solo, aumento de produtividade e alimentação do rebanho são algumas das inúmeras preocupações do produtor rural. O Consórcio entre Milho e Plantas Forrageiras, desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, pode aumentar a produtividade da soja cultivada em sucessão a cultura do milho safrinha em até 20%, além de servir de forragem para os animais na entressafra e contribuir para melhorar a qualidade do solo. A metodologia voltada para os solos paulistas será apresentada pelo IAC na Agrishow 2012.

A técnica consiste em semear a braquiária na entrelinha do milho com espaçamento de 90 centímetros. A máquina semeadora-adubadora distribui simultaneamente as sementes de braquiária e milho safrinha que ficam com 45 cm de espaçamento entre si. A implantação do Consórcio possui baixo custo, em média, o investimento em sementes de capim-braquiária pode ser entre R$ 40,00 a R$ 50,00 por hectare, afirma o pesquisador do Programa Milho e Sorgo IAC-APTA, Aíldson Pereira Duarte. A implantação do Consórcio de Milho Safrinha e Brachiaria ruziziensis aumenta a produtividade da soja em aproximadamente 20%, em áreas com histórico de monocultura de sucessão soja e milho safrinha.

Outro beneficio destacado por Duarte é o fornecimento de plantas forrageiras na entressafra para as atividades de bovinos de leite e ovinocultura nas regiões produtoras de milho safrinha. Ressalte-se que a braquiária é de boa qualidade porque o capim é pastejado ou ensilado no estágio vegetativo, afirma o pesquisador do IAC.

A Brachiaria ruziziensis possibilita o aumento da ciclagem de nutrientes, especialmente de potássio. São acumulados cerca de 25 kg de potássio (K2O) por tonelada de massa seca da parte aérea que, após a dessecação com glifosato, são rapidamente mineralizados e contribuem para a nutrição da soja cultivada em sucessão, afirma Duarte. Na maioria dos casos, o consórcio produz de uma a três toneladas por hectare de massa seca de capim e, consequentemente, recicla 25 a 75 kg de K2O. Além disso, a palha da Brachiaria ruziziensis aumenta a cobertura do solo e as suas raízes, que são numerosas e muito ramificadas, melhoram a estrutura do solo, resultando em maior disponibilidade de água para as plantas em estiagens moderadas.

A tecnologia foi implantada na região paulista do Médio Paranapanema em rede de experimentos e áreas demonstrativas. O projeto é uma parceria entre o IAC, as cooperativas Coopermota e Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulistas (CAP), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
IAC

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Thiago Tombini ITAUBA - MT

    Ola me chamo Thiago Tombini sou Engenheiro Agronomo trabalhei com o plantio no sistema consorciado brachiaria brizanta e milho, e durante os tempo de cultivo avaliei juntamente com uma equipe a produtividade de pasto e comparada com a produtividade do milho e tivemos como base que o espacamento adequado para a regiao centro oeste (MT) foi no espacamento de cinquenta centimetros (0,50 cm) ambos trabalhos foram feitos com 0,70 e 0,90 cm tendo a mesma populacao de planta por ha. Observamos que tanto pelo tipo de solo e tambem visando uma competicao menor ate a colheita do milho por se tratar de duas gramineas e competirem entre si por nutrientes o espacamento de 0,50 formou cobertura do solo mais rapida apos a colheita e um pastoreio mais dinamico apos 30 dias de colheita.

    Muito boa a reportagem precisamos de ideias boas para repassarem para os agropecuaristas da regiao.

    Abraco equipe IAC

    0