CBOT: Soja e milho focam fundamentos e operam em alta

Publicado em 20/08/2012 11:39 e atualizado em 20/08/2012 12:28
A semana começa positiva para o mercado internacional da soja. Os futuros da oleaginosa chegaram a operar com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (20) com os traders ainda focando a demanda firme.

Os participantes do mercado dão atenção agora não só as perdas provocadas pela seca nos Estados Unidos - que persiste - mas também ao quadro de oferta x demanda que segue muito ajustado. Os estoques mundiais estão bastante baixos, a produção dos EUA foi comprometida pela estiagem e até que se conheçam números reais sobre a safra da América do Sul e até que ela chegue ao mercado, o cenário  ainda é de soja escassa. 

O quadro, portanto, continua dando suporte aos preços e confirma os fundamentos ainda muito altistas para os grãos. Por volta das 11h20 (horário de Brasília), o vencimento novembro/12 tinha alta de 10,25 pontos, cotado a US$ 16,56 por bushel; já o março/13 operava a US$ 15,61, subindo 10 pontos. 

Seguindo o dia positivo para a soja em Chicago, o milho também trabalha em campo positivo nesta segunda-feira, entretanto, seus ganhos são bem menos expressivos. Nos principais vencimentos, as altas não chegam a 3 pontos. 

Como explicam analistas de mercado, os traders que atuam com o cereal agora estão preocupados com novidades sobre a demanda pelo produto norte-americano, haja visto que as perdas nas lavouras dos EUA já foram precificadas. 

O mercado internacional de grãos parece ter dado uma pausa nas intensas altas registradas até o final de julho. Os futuros da soja, do milho e do trigo chegaram a bater recordes em Chicago por conta de uma das piores secas da história dos Estados Unidos que provocou uma quebra de 100 milhões de toneladas no milho e está estimada em aproximadamente 20 milhões no caso da soja. 

Em agosto, as cotações parecem tentar recuperar o fôlego depois da escalada dos últimos meses. Além disso, há um mês, o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos vinha sendo marcado pelas altíssimas temperaturas e pela constante falta de chuvas. Agora, já se registram temperaturas bem mais amenas e chuvas em alguns pontos das principais regiões produtoras do país. 

No entanto, analistas afirmam que essa "melhora climática" exercem uma fator mais psicológico do que prático na melhora das lavouras norte-americanas. Ao contrário do milho, onde as perdas já são irreversíveis, para a soja ainda há um certo potencial de recuperação.  
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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