Chicago: Soja e trigo fecham o dia com mais de 20 pontos de baixa
Publicado em 05/09/2012 15:13
e atualizado em 11/09/2012 02:22
Nesta quarta-feira (5), a soja ampliou suas perdas na Bolsa de Chicago e fechou o pregão com seus principais vencimentos perdendo mais de 20 pontos. O contrato setembro encerrou o dia valendo US$ 17,48, caindo 23 pontos. O milho terminou o dia recuando pouco mais de 17 pontos nos contratos principais e o trigo, mais de 20.
O recuo dos grãos na sessão de hoje foi o reflexo de mais um movimento de realização de lucros. No caso da soja, o mercado foi bastante pressionado nesta sessão depois de ter atingido novos recordes no pregão desta terça-feira (4).
Além disso, analistas afirmam que a indicação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de uma leve melhora nas condições das lavouras de soja no país e a falta de firmeza da oleaginosa no mercado interno norte-americano.
No entanto, apesar de expressivo, esse recuo registrado hoje pelo mercado é "normal e saudável", segundo analistas. "Considerando as recentes altas, principalmente na soja, o mercado está em uma forma de consolidação antes do relatório [de oferta e demanda que o USDA divulga no dia 12 de setembro], ainda assim, com expectativas bastante altistas. Eu espero que essa consolidação não dure muito e essas novas baixas serão compradas", disse Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, direto de Chicago.
No caso do milho, há ainda uma leve pressão da evolução da colheita do grão nos Estados Unidos. De acordo com o último boletim de acompanhamento de safra do USDA, os trabalhos já haviam sido concluídos em 10% da área até o último dia 2, índice que ficou bem acima do registrado nessa mesma época do ano passado, de apenas 3%.
Paralelamente, há ainda informações de que, diferente do que acontece na soja, a demanda pelo milho dos EUA já tem dado sinais de desaquecimento diante das cotações historicamente altas, que vem desestimulando os compradores.
Sobre o relatório - Para o relatório da semana que vem, segundo Dejneka, há uma incógnita, pois o mercado já precificou, em partes, números até abaixo dos apresentados em agosto. Com isso, podemos ver o mercado reagindo com o "compra boato e vende fato".
Com isso, como explicou o analista, o mercado poderia exibir algumas novas altas antes da divulgação e, pós-relatório, uma nova realização de lucros. Entretanto, acredita ainda que essas novas correções de preços deverão ser breves, pelo menos até o início de outubro, pois serão compradas diante do ajustado quadro de oferta e demanda.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta quarta-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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