Soja ainda recua, mas opera próxima da estabilidade nesta 4ª

Publicado em 13/03/2013 08:07
Na manhã desta quarta-feira (13), a soja dá continuidade ao movimento de realização de lucros da sessão anterior, quando as perdas ficaram entre 8,25 e 25 pontos na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h (horário de Brasília), o mercado operava no vermelho, porém, próximo da estabilidade, com baixas entre 1,50 e 3,50 pontos. Segundo analistas, o que estimula essa venda de posições por parte dos investidores é a falta de novidades no mercado que possam aquecer os negócios. 

Veja como terminou o mercado nesta terça-feira (12), na Bolsa de Chicago:

Soja: Sem novidades, mercado realiza lucros nesta 3ª feira

Por Fernanda Custódio

Nesta terça-feira (12), os futuros da soja fecharam a sessão do lado negativo da tabela. As principais posições negociadas na Bolsa de Chicago encerraram o dia com perdas entre 8,25 e 25,00 pontos. O contrato março/13 perdeu o patamar de US$ 15/bushel, e terminou o pregão cotado a US$ 14,89/bushel.

Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, sem grandes novidades, o mercado realizou lucros nesta terça-feira. Além disso, os preços futuros da soja estão confinados entre US$ 14,20 e US$ 15/bushel há cerca de quatro meses. “E toda que vez que se aproxima do topo, existe uma pressão vendedora e os fundos liquidam suas posições. E em patamares mais baixos é visto como uma sugestão de compras”, afirma. 

Outro fator que também teria contribuído para pressionar negativamente as cotações em Chicago foram os números do relatório de embarques de soja dos EUA divulgados ontem (11) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que registraram uma queda de 58% em relação à semana anterior. 

“Essa situação acabou gerando um temor no mercado de que a China estaria diminuindo as compras do grão norte-americano, e com isso, a demanda estaria de deslocando para a América do Sul. Na verdade, isso já deveria ter acontecido, mas ainda temos sérios problemas logísticos”, relata o economista.

Nas últimas semanas, a ineficiente logística brasileira tem sido observada pelo mercado internacional de grãos, uma vez que, o país não tem conseguido atender a demanda mundial da soja, que segue firme. Cerca de 224 navios esperam para carregar milho, farelo e soja nos portos. Esse quadro tem feito com que muitos mercados consumidores comprem o produto nos EUA, mesmo diante dos baixos estoques do grão norte-americano. 

Apesar desse cenário, o economista destaca que os fundamentos ainda são positivos no curto prazo. Porém, destaca que os preços futuros podem operar em patamares mais baixos no segundo semestre, caso o clima seja favorável para o plantio norte-americano. “A grande dúvida é em relação ao clima, que nos últimos dois anos tivemos quebras fortes em função das adversidades climáticas”, diz Motter.
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Fonte:
Notícias Agrícolas

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