Com falta de produto nos EUA, soja sobe para racionar demanda
A semana começa com altas bastante expressivas para a soja na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (3), por volta das 11h50 (horário de Brasília), o julho era cotado a US$ 15,32 por bushel, com alta de 22,75 pontos. Mais cedo, o preço chegou a US$ 15,37, subindo quase 30 pontos. No mesmo momento, as demais posições subiam quase 20 pontos.
Uma combinação de fatores estimula o avanço das cotações da oleaginosa na sessão de hoje, segundo explicou Liones Severo, consultor da SIMConsult. A extrema escassez de soja em grão e farelo nos EUA, a demanda aquecida e ainda o clima desfavorável ao plantio da nova safra norte-americana se unem como principal plataforma de suporte às cotações.
Nos primeiros vencimentos, o mercado ainda reflete essa relação muito apertada entre a falta de soja disponível nos Estados Unidos e a demanda que segue praticamente toda focada no produto norte-americano.
Segundo explicou o analista Steve Cachia, da Cerealpar, essa significativa alta dos preços exerce a necessária função de racionar a demanda diante da tamanha falta de produto no país. "Isso é reflexo dos Estados Unidos sem soja tendo que racionar o produto", disse.
Ao mesmo tempo, o clima nos EUA segue desfavorável. Chuvas excessivas continuam impedindo a evolução do plantio da nova safra em um ritmo adequado, o último final de semana foi bastante chuvoso e a expectativa é de que o clima se mantenha assim pelos próximos dias.
Além disso, as expectativas e especulações sobre tamanho do abandono nas áreas de milho e agora também de soja, em função dessas condições desfavoráveis, são, como explica Pedro Dejneka, analista da PHDerivativos, os protagonistas nos contratos de safra nova tanto para o grão quanto para a oleaginosa.
Liones Severo Porto Alegre - RS
Hoje saiu o índice do crescimento industrial chines em 50,8 - mostrando que a economia chinesa esta em franca expansão, superando todas as expectativas dos economistas ao redor do mundo. Mês passado saiu 49,6 e todos anunciavam que o mundo ia quebrar por culpa da China. Hoje, ninguém se atreveu a dizer que estavam errados. Tentam mas não conseguem derrubar os preços da soja !!!