Soja recua na CBOT, mas preços seguem em alta no mercado interno
Na sessão desta quinta-feira (6), os futuros da soja fecharam em campo misto, porém, o mercado virou e encerrou o dia com ligeiras baixas nos primeiros vencimentos e pequenas altas nos contratos mais distantes. O milho g fechou os negócios do lado positivo da tabela.
O mercado, de acordo com o que explicou o analista Glauco Monte, da FC Stone, foi de bastante movimentação. A pressão no curto prazo, segundo ele, se deu com o movimento técnico de "rolagem de posição" de fundos de investimentos. "Os fundos começaram a vender os contratos mais próximos e compram os mais longos", afirma.
O que limitou as baixas, porém, foram os números de exportações semanais. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou que as vendas de soja da safra velha foram de quase 50 mil toneladas, enquanto o mercado espera um volume menor e até mesmo alguns cancelamentos. Além disso, as vendas de farelo também foram positivas e contribuíram para a sustentação das cotações.
Por outro lado, previsões de novas chuvas em importantes regiões produtoras dos Estados Unidos estimularam o avanço dos preços, principalmente no caso do milho. O mercado ainda observa o clima adverso atrasando o plantio da nova safra e as possibilidade das condições desfavoráveis comprometerem a produtividade das lavouras.
Mercado Interno - No mercado interno brasileiro, apesar do ligeiro recuo registrado em Chicago, os preços ainda registraram avanços. Porém, os negócios seguem lentos e com pouca movimentação. No Porto de Rio Grande, a saca da soja permaneceu em R$ 71,00. Em Cascavel/PR, subiu de R$ 63,50 para R$ 64,00, em Rondonópolis/MT aumentou de R$ 58,50 ara R$ 59,00.
"O mercado interno foi muito beneficiado pela questão do dólar (...) Boa parte desses R$ 71,00 (no porto) foi por conta dessa elevação do dólar, aliado a uma elevação também dos primeiros contratos em Chicago", explica Monte.
No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Glauco Monte:
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