Grãos: Clima melhora nos EUA e mercado tem forte queda em Chicago

Publicado em 10/06/2013 13:00

Na sessão desta segunda-feira (10), a soja e o milho operam com intensa baixa na Bolsa de Chicago. Por volta das 12h23 (horário de Brasília), a oleaginosa para julho/13 era cotada a US$ 15,12 por bushel, com baixa de 15,75 pontos; o setembro valia US$ 14,38, perdendo 17,75 pontos. No milho, as posições mais negociadas caíam entre 14,25 e 16,75 pontos.   

O clima nos Estados Unidos é o principal fator para a movimentação do mercado nesta momento. No último final de semana, choveu menos do que vinha sendo esperado, alguns campos puderam secar, condições que criaram oportunidades para que os produtores norte-americanos pudessem avançar com o plantio da nova safra. 

"Com a chuva menor do que o esperado ou o atraso das chuvas, vários produtores começaram a reportaram que conseguiram plantar mais do que esperado durante o final de semana", relatou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, direto de Chicago. 

No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza seu relatório semanal de acompanhamento de safra, já indicando essa boa evolução dos trabalhos de campo nos EUA. Porém, como explica Dejneka, sempre há um certo atraso nos dados trazidos pelo departamento. Para o milho, espera-se algo em torno de 95% da área plantada e, para a soja, cerca de 70 a 75% de avanço. 

Ainda segundo Dejneka, o que meteorologistas e demais analistas acreditam, nesse momento, é que o clima nos Estados Unidos seja bem próximo da normalidade, favorecendo a entrada de uma safra cheia tanto de milho quanto de soja. "Tudo indica que a tendência de clima durante essa nova safra norte-americana será dentro do normal, isso não significa que não teremos sustos. Mas, principalmente com o fato de toda essa chuva ter reestabelecido a umidade em boa parte do Cinturão, a safra já está começando muito bem, as condições do milho devem continuar excelentes", explica. 

Entretanto, o analista alerta ainda para a necessidade que se tem de condições favoráveis para a conclusão do plantio e também para o tamanho da área que será destinada às duas culturas ou até mesmo que será abandonada com os produtores optando pelo seguro agrícola. 

Curto prazo - No curto prazo, a tendência para a soja ainda é de alta, com os fundamentos inalterados. A demanda pela soja norte-americana segue muito aquecida diante de estoques historicamente baixos. No entanto, o movimento de alguns fundos de investimentos rolando suas posições - vendendo os contratos mais próximos e comprando alguns mais distantes - acabam pressionando o mercado. 

Além disso, após seis semanas consecutivas de altas, o mercado realiza parte dos lucros, o que contribui para a baixa dos preços. No link abaixo, a confira íntegra da entrevista com Pedro Dejneka:

>> Pedro Dejneka - Mercado Internacional de Grãos

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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