Soja fecha mais um dia em queda com pressão do clima nos EUA
A soja fechou o pregão regular desta terça-feira com significativa queda na Bolsa de Chicago. Os vencimentos mais distantes perderam mais de 14 pontos e o contrato de referência para a safra americana, novembro/13, fechou o dia valendo US$ 11,67/bushel, com baixa de 16 pontos.
O mercado internacional da soja segue pressionado pelas boas expectativas para a nova safra de grãos dos Estados Unidos em função das condições climáticas favoráveis. Segundo as últimas previsões, o mês de agosto deverá continuar traçando um bom cenário de clima para as plantações e não há sinais de qualquer ameaça climática.
Assim, segundo analistas, o mercado não encontra forças ou motivos para sustentar uma recuperações nas próximas semanas e a tendência de baixas para os preços se mantém. Diante disso, os fundos de investimento continuam liquidando suas posições e contribuindo para o recuo das cotações.
Outro fator que impede uma reação mais expressiva do mercado é a espera pelo novo relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga na próxima segunda-feira, dia 12.
"O mercado anda bem sem novidades, não há uma ameaça climática, a previsão é boa para os próximos 15 dias e o mercado digere bem essas notícias boas. (...) O mercado vem em uma trajetória de queda nos últimos dias e em compasso de espera pelo relatório do USDA", diz Flávio Oliveira, analista de mercado da McDonald&Pelz Corretora.
Para o boletim do departamento norte-americano, o que se espera, de acordo com Oliveira, são números de uma safra grande de milho, principalmente, e altos índices de produtividade tanto para o cereal quanto para a soja.
Para Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge, de Nova York, a pressão do mercado deve continuar e, com isso, o produtor brasileiro deveria aproveitar o bom momento do dólar e alguns repiques de alta que a soja possa registrar para vender parte de sua produção e garantir alguns bons preços.
“Os compradores, vendo essas condições climáticas e a expectativa de safra cheia nos EUA, não compram e continuam esperando o mercado cair mais. Nesse momento não estão acontecendo muitas vendas e também não há compradores procurando soja. O produtor brasileiro também não está vendendo e nos EUA a única venda desta terça-feira (6) foi 110 mil toneladas para a China, mas o movimento para a safra nova está bem devagar e isso deixa o mercado mais leve ainda, com a tendência de ceder mais um pouco”, afirma D'Ávilla.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta terça-feira: