Soja paranaense ganha mais competitividade com o vazio sanitário
A proibição do plantio da soja entre 15 de julho e 15 de setembro, o chamado vazio sanitário, ajuda a melhorar a competitividade da cultura, além de garantir a sanidade da lavoura no Paraná. Os benefícios para o produtor que adota a medida vão da redução no custo com fungicidas ao ganho de produtividade e melhor qualidade do grão.
A ação fitossanitária nas lavouras de soja é adotada no Paraná desde 2007 para evitar a incidência de focos da ferrugem asiática, doença provocada por fungos que atacam a planta. Outros 11 estados brasileiros e o Paraguai também adotam a medida.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) mantém a fiscalização de propriedades e locais de cultivo de soja no território paranaense, que devem estar livres de plantas vivas até no período do vazio sanitário da soja no Estado.
“Não havendo o hospedeiro (soja), o fungo da ferrugem asiática não sobreviverá e as plantas da nova safra estarão sadias”, afirma a engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes. “Nas situações de plantios voluntários ou restevas de soja resistentes e esquecidos, ainda é tempo de eliminá-los para não sofrer as penalidades da fiscalização”, completa.
De acordo com Maria Celeste, os produtores estão sensíveis aos apelos da pesquisa que orientam a eliminar todas as plantas vivas de soja que estejam em qualquer local do Estado, em ser lavouras, estradas, carreadores e até mesmo em pátios de empresas.
A engenheira explica que o objetivo do vazio é eliminar o fungo e assim retardar ao máximo a presença da doença nas lavouras de soja no plantio da safra regular, que será realizado a partir de outubro em todo o Estado.
Os resultados do vazio sanitário da última safra (2011/12) estão comprovados no Paraná, onde a doença só foi se manifestar no mês de dezembro de 2012. Segundo o site do Consórcio Antiferrugem, que acompanha a incidência da ferrugem asiática no Brasil, em outros Estados a doença se manifestou bem antes.
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