Soja ainda tem volatilidade e volta a recuar em Chicago

Publicado em 19/09/2013 09:23 e atualizado em 19/09/2013 11:42

A soja voltou a registrar boas altas na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (19), porém, ainda buscando uma direção, o mercado passou a recuar na sessão regular. Por volta das 11h30 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos perdiam pouco mais de 4 pontos, com o novembro/13, referência para a nova safra dos EUA, valendo US$ 13,43/bushel. Milho e trigo operam em campo positivo. 

Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, o mercado se foca na boa demanda pelo produto norte-americano para subir. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 1,93 milhão de toneladas de soja para a China, o que trouxe ânimo aos negócios. 

"A demanda chinesa continua grande para a soja, com mais de 16 milhões de toneladas já contratadas, e um volume que já excede os do ano passado nesta mesma época", disse um analista da corretora internacional Agritel.

Paralelamente, já se espera uma produção menor e estoques finais menores nos EUA depois que a falta de chuvas que durou mais de um mês castigou as lavouras do país e reduziu seus índices de produtividade. Ao mesmo tempo, as chuvas que chegaram ao Corn Belt nos últimos dias, para alguns analistas, poderiam ser, principalmente onde o plantio aconteceu mais tarde, o vetor para a recuperação das plantações. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (18):

CBOT: Soja fecha o dia com leve alta nesta quarta-feira

Depois de operar de lado durante toda a sessão desta quarta-feira (18), os futuros da soja se mantiveram do lado positivo da tabela e fecharam o dia com ganhos entre 5,25 e 8,75 pontos. O mercado internacional vem observando o efeito das últimas chuvas que chegaram ao Corn Belt e espera pelas próximas precipitações que estão previstas para a semana para definir uma direção para os preços.

As opiniões sobre o impacto dessas chuvas ainda estão bastante divididas entre os analistas. Alguns acreditam que essas precipitações chegaram tarde demais e não serão capazes de reverter os prejuízos causados pela falta de chuvas. Por outro lado, para outros, essas chuvas poderiam amenizar as perdas e retomar parte do potencial de produtividade das lavouras norte-americanas. 

"Aparentemente, onde foi plantada a soja um pouco mais tarde haverá um pouco mais de tempo para reabilitar a produtividade, o que pode fazer com que a produção seja ligeiramente maior e é nisso que o mercado está apostando recentemente", explica Mario Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora.

O início da colheita do milho, a qual já está concluída em cerca de 5% da área norte-americana, também influenciou o mercado nesta quarta. O índice está atrasado em relação à evolução dos trabalhos de campo no ano passado e, para Mariano, podem se atrasar ainda mais caso as chuvas dificultem o andamento, fator que poderia dar alguma sustentação ao mercado do cereal. 

Com as perspectivas para a entrada da nova safra norte-americana tanto de soja quanto de milho, a demanda, principalmente no mercado interno dos EUA, acaba se mostrando mais retraída e isso também limita o potencial de alta para os preços na Bolsa de Chicago. 

No entanto, nesta quarta-feira, o USDA já anunciou a venda de 1,93 milhão de toneladas de soja para a China com entrega para a safra 2013/14. Esse anúncio foi um importante fator de sustentação para os preços na sessão de hoje. 

Novo relatório do USDA - O mercado aguarda também pelo novo relatório de oferta e demanda que o USDA divulga no próximo mês. Esse relatório, segundo analistas, deverá trazer informações mais concretas e mais definitivas sobre a colheita 2013/14 dos EUA, o que também irá contribuir para definir uma direção para os preços. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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