À espera de definição nos EUA, soja fecha semana no misto
O último pregão da semana fechou com a soja encerrando os negócios em campo misto, nesta sexta-feira (27), na Bolsa de Chicago. Com uma movimentação técnica e pouco expressiva, o mercado operou na defensiva à espera de definições nos Estados Unidos. Assim, os primeiros vencimentos subiram pouco mais de 2 pontos, enquanto os mais distantes exibiram ligeiros recuos. Esperando por essas informações, milho e trigo também fecharam com oscilações pouco expressivas, ficando o milho no vermelho e o trigo, com leves altas.
No mercado da soja, a sustentação para os preços veio da demanda mundial pela soja ainda bastante aquecida em um novo cenário de aperto de oferta. A produção norte-americana, em função da seca, deverá ser menor do o estimado inicialmente e, consequentemente, os estoques finais norte-americanos também.
Um levantamento feito com analistas e corretores por agências internacionais apontam estoques em 3,43 milhões de toneladas (126 milhões de bushels). O novo boletim com os números oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) será divulgado na segunda-feira (30). No início de setembro, o departamento norte-americano estimou os estoques de passagem para a temporada 2012/13 em 3,4 milhões de toneladas (125 milhões de bushels) e, há um ano, esse número era de 4,6 milhões de toneladas (169 milhões de bushels).
A evolução da colheita no Corn Belt segue avançando, até o último dia 23, 3% da área já havia sido colhida, mas ainda não há uma média clara de quanto será a produtividade da nova safra norte-americana, o que também traz incerteza e falta de direção ao mercado internacional. "O mercado caiu de US$ 14 para US$ 13/bushel, mas não quer cair mais porque de um lado há a demanda ainda robusta e, por outro lado, a implicação de estoques baixos. O mercado não quer cair muito porque ainda não sabe da necessidade de mais racionamento de exportação e primeiro querem definir o tamanho da oferta", disse Vinícius Ito, analista de mercado da Jefferies Corretora, de Nova York.
Ao mesmo tempo, ainda existe sobre os preços a pressão sazonal da colheita mesmo diante de uma quebra de safra, ainda que pequena. Assim, o mercado espera também pelo novo relatório de oferta e demanda mensal que o USDA traz no dia 11 de outubro, o que também provoca volatilidade no mercado. Entretanto, como também explica Ito, os olhos dos players também se voltam para o boletim de condições de lavouras que o departamento traz na segunda-feira (30). "São esses números que vão ser usados para o USDA definir a taxa de produtividade que será divulgado no relatório do dia 11".
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta sexta-feira:
0 comentário
Soja: Ainda atrasada, colheita no Brasil alcança 3,39% da área, informa Pátria Agronegócios
Soja em Goiás pode superar 20 milhões de toneladas, 23% a mais que no ano passado, aponta balanço da Expedição Safra Goiás
Colheita de soja em MT atinge 4,38% da área e segue atrasada, diz Imea
Seca ameaça safra de soja na região Sul, aponta monitoramento por satélite da EarthDaily Agro
Soja tem semana intensa com influência do clima na AMS, 'fator Trump' e baixa das retenciones na Argentina
Tocantins começa colheita da soja esperando 5,2 milhões de toneladas