Soja: Mercado recua em Chicago com falta de informações dos EUA
Nesta terça-feira (15), a soja opera em baixa na Bolsa de Chicago. O mercado, por volta das 11h20 (horário de Brasília), registrava ligeiras perdas, que variavam entre 2 e 5 pontos nos vencimentos mais negociados. A referência para a safra norte-americana, o contrato novembro/13, era cotado a US$ 12,65 por bushel, enquanto o maio/14, referência para a produção brasileira, valia US$ 12,40.
O mercado internacional de grãos segue operando de lado já que ainda não conta com as informações oficiais vindas dos Estados Unidos. Porém, segundo analistas ouvidos pelo site norte-americano Farm Futures, os investidores parecem ignorar a proximidade de uma solução para o impasse político que já dura três semanas nos Estados Unidos.
Informações do site Valor Econômico dão conta de que líderes do Senado norte-americano estão perto de um acordo sobre a elevação do teto da dívida do país e, portanto, da reabertura do governo, não permitindo que o país deixe de honrar seus compromissos financeiros.
"A maioria dos produtores, nas últimas semanas, têm estado ocupados com a colheita de sua safra, dando uma boa desculpa para não ignorar a disputa em Washington e se concentrar em trazer ao mercado o que parece ser uma grande safra de milho e soja. Enquanto a colheita da soja está quase 50% concluída, ainda há muito milho para ser colhido e também a preocupação com as previsões de chuvas que, caso sejam confirmadas, podem atrasar ainda mais os trabalhos de campo nos próximos dias", disse Bryce Knorr, editor do Farm Futures.
Assim, o mercado sente ainda a pressão sazonal da colheita sobre os preços, mesmo que se depare com números divergentes sobre sua evolução. Paralelamente, observa também os primeiros indicativos de produtividade que mostram números acima dos inicialmente projetados, tanto para soja quanto para o milho.
A produtividade, até mesmo em áreas vizinhas, chega a variar até 50%, chegando a 2 mil a 5 mil quilos de soja por hectare e de 5 mil a 12 mil para o milho. "É bastante variado essa range de produtividade", diz Giovani Ferreira, coordenador de agronegócios do Grupo Paranaense de Comunicação, que esteva há algumas semanas no Meio-Oeste americano.
Ao leste do Corn Belt, em estados como Indiana e Illinois, o jornalista pôde perceber um bom potencial de recuperação para as lavouras de soja, o que não se repetiu na porção oeste do cinturão, onde estão localizados estados como Iowa, o principal produtor.
Ao mesmo tempo, ainda segundo analistas, o mercado já começa a observar também as condições climáticas favoráveis ao plantio da nova safra da América do Sul, principalmente no Brasil. Segundo informações da Oil World, reportadas nesta terça, a semeadura deverá alcançar um recorde frente a uma melhor condição de umidade do solos em importantes regiões produtoras.
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