Soja tem fundamentos positivos, mas passa por realização de lucros
O mercado internacional da soja opera com um leve movimento de realização de lucros nesta terça-feira (26). Os investidores optaram por essa correção técnica dos preços na Bolsa de Chicago depois das altas bastante expressivas registradas ontem. Porém, analistas afirmam que o movimento de compras do mercado, refletindo a extremamente aquecida demanda mundial pela oleaginosa, ainda mantém o cenário positivo para os preços.
"Hoje, depois de uma alta um pouco mais vigorosa, os preços mostram uma realização de lucros em cima mesmo de um mercado um pouco mais incipiente. Ainda assim, podemos dizer que os US$ 13,20 que foram superados ontem para o vencimento janeiro trouxe uma força maior por conta das ordens de compra (...) trata-se de uma movimentaçãomais técnica do que fundamentada", explica Mario Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora.
O analista explica que os olhos dos investidores estão voltados com muita atenção a um mercado bastante comprador nos Estados Unidos, o que acaba neutralizando a pressão do avanço do plantio na América do Sul, o qual conta com condições de clima bastanta favoráveis. Para essa semana, espera-se que Brasil, Argentina e Paraguai, os principais exportadores sulamericanos conte com condições de clima bastante positivas para o avanço dos trabalhos de campo.
>> Mário Mariano - Mercado Internacional de Grãos
Os movimentos no mercado para essa semana acontecem exibindo movimentos não muito acentuados em função do feriado de Ação de Graças que será comemorado nesta quinta-feira (28) nos Estados Unidos e que não há pregão em Chicago. Porém, como explicou o analista de mercado do SIM Consult Mauricio Correa, essa é uma semana altista para o mercado da soja, e ele ainda vê o mercado bem sustentado.
"Temos uma demanda física forte por soja em grão e farelo nos Estados Unidos", diz, reforçando o suporte que o mercado ainda encontra na procura dos importadores pelo produto norte-americano, o qual é o único disponível nesse momento. "O vencimento janeiro, ao meu ver, deve testar os US$ 13,50 até o final do ano pelo quadro de demanda forte e de fundamentos, com estoques muito apertados", afirma Correa. "A demanda vem sendo mais forte que a oferta, isso é um fato. Entendemos que a demanda tem capacidade de ajuste, mas com certeza ela está muito forte e deve manter o ritmo para proteger os mercados", completa.
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