Soja registra mais um dia de alta e maio se aproxima dos US$ 15

Publicado em 02/04/2014 08:25

As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago registram mais um dia de altas nesta quarta-feira (2). Por volta das 8h10 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados subiam entre 6,75 e 10 pontos e o vencimento maio/14 era cotado a US$ 14,91 por bushel, o melhor preço em meses. 

Os preços se mantêm sustentados na situação norte-americana, principalmente, onde os estoques são extremamente apertados em um momento em que a demanda pelo produto norte-americano ainda está bastante aquecida. 

Do que foi projetado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para as exportações de soja do ano comercial 2013/14 - 41,6 milhões de toneladas - 97% já foram embarcados e a temporada se encerra somente em agosto desse ano. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Em Chicago, soja fecha com forte alta e maio acima dos US$ 14,80

Os futuros da soja fecharam a sessão regular desta terça-feira (1) com forte alta na Bolsa de Chicago, levando o contrato maio a encerrar o dia valendo US$ 14,84 por bushel, com alta de 20,50 pontos positivos. Frente a isso, segundo analistas, o objetivo do mercado para esse primeiro vencimento é de romper os US$ 15,25, segundo análises gráficas. As demais posições terminaram o pregão com ganhos entre 17,50 e 27,75 pontos. 

As fortes altas no mercado internacional da soja ainda são justificadas pelo aperto dos estoques norte-americanos e de uma demanda ainda firme e contínua pelo produto norte-americano. Os estoques trimestrais da oleaginosa no país em 1º de março foram reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 27 milhões de toneladas, sendo o menor dos últimos 10 anos. 

"A situação dos Estados Unidos nesse momento é insustentável. O ritmo das exportações e da demanda interna estava muito acelerado e muito agressivo, por mais que tenham havido rumores de washout com a soja americana, tudo indica que o país não terá produto suficiente para atender as demandas interna e externa até o final do ano comercial", diz Steve Cachia, analista de mercado da Cerealpar. 

Diante desse quadro, ainda de acordo com o analista, o mercado é forçado a subir e se mantém sustentado diante da tarefa de racionar a demanda através de preços altos, uma vez que a situação já se configura como uma escassez da oleaginosa nos EUA. 

Até a última semana, os americanos já embarcaram 97% do total projetado para ser exportado de soja nesta temporada, ou seja, mais de 40 milhões de toneladas de uma estimativa do USDA de 41 milhões. 

"Agora, surgiu no mercado essa expectativa de que a China venderia soja brasileira e argentina aos Estados Unidos (...) isso poderia acontecer e seria o único fator nesse momento que poderia deixar o mercado menos altista", explica o analista. 

A situação, portanto, é de uma sólida base altista para os preços da soja no curto prazo na Bolsa de Chicago, ainda segundo Cachia, o qual poderia, no entanto, mudar no segundo semestre caso seja confirmado o aumento de área destinado ao cultivo dessa commodity em 2 milhões de hectares e as condições de clima nas principais regiões sejam favoráveis. 

Entretanto, o analista afirma ainda que nesta safra 2014/15, pelo quinto ano consecutivo, o clima nos EUA poderia trazer alguns problemas para os produtores norte-americanos. Assim, o mercado deverá demandar extrema atenção para o clima nesse período de início do plantio no país e observar também a reação das cotações na Bolsa de Chicago. 

A primavera que começou há poucos dias nos Estados Unidos carregou as características do inverno bastante rigoroso e chegou a registrar até mesmo a incidência de neve em importantes regiões produtoras. As temperaturas ficaram abaixo do normal para o período e comprometeram os trabalhos de campo.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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