Após duas sessões de queda, soja volta a subir na manhã desta 4ª
A manhã desta quarta-feira (2) era de mercado positivo para a soja na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados subiam entre 4 e 9 pontos e os ganhos mais expressivos eram registrados nas primeiras posições.
Depois de intensas e consecutivas baixas, o mercado tenta assimilar com mais tranquilidade os últimos movimentos em Chicago, que derrubaram os preços e os elevaram a um diferente patamar após os números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última segunda-feira (30).
Assim, o momento, segundo analistas, é de uma acomodação dos preços e de uma tentativa de recuperação na CBOT, ao menos no curto prazo, onde os fundamentos de oferta e demanda ainda são positivos. Além disso,o USDA traz um novo boletim amanhã, neste caso das exportações semanais, e esses números também poderão trazer algum impacto ao mercado.
Paralelamente, os investidores buscam se posicionar de forma a passar pela semana mais curta nos Estados Unidos, já que nesta sexta-feira, 4 de julho, comemora-se o feriado do Dia da Independência do país e as bolsas não trabalham.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja tem mais um dia de baixa e atinge menores patamares em 11 meses
Os futuros da soja recuaram mais uma vez nesta terça-feira (1) e, segundo a agência de notícias Bloomberg, atingiram os menores níveis desde dezembro de 2011. O mercado registrou uma sessão de intensa volatilidade, porém, manteve-se todo o dia em campo negativo. No encerramento dos negócios, os principais contratos perderam entre 0,50 e 10 pontos, sendo as baixas mais fortes registradas nas posições mais distantes, referentes à nova safra dos EUA.
O contrato novembro/14, referência para a colheita americana, fechou o dia valendo US$ 11,47 por bushel e perdendo 10,20 pontos. No pior momento da sessão, o vencimento chegou a bater nos US$ 11,39 e a máxima do pregão foi de US$ 11,65. Com os negócios bastante voláteis, observa-se também para essa posição uma grande variação no número de contratos negociados. Na manhã de hoje, eram pouco mais de 58 mil e o dia foi encerrado com 136,888 mil.
O mercado nesta terça ainda digeria os últimos e surpreendentes números divulgados na segunda-feira (30) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), principalmente o que se referiam à áera de plantio nos Estados Unidos. A projeção do departamento foi de 34,2 milhões de hectares, contra expectativas que variavam entre 33 milhões e 33,5 milhões de hectares.
Caso esse número seja confirmado, o potencial produtivo da produção dos Estados Unidos passa a algo entre 103 milhões e 104 milhões de toneladas, segundo explicou o consultor em agronegócio Flávio França, e os estoques finais poderiam chegar a mais de 13 milhões de toneladas. Além disso, ainda nesta segunda, o USDA apontou que 72% das lavouras de soja estão em boas ou excelentes condições. O quadro climático no Meio-Oeste americano tem se mostrado bastante favorável e as previsões são de que haja uma manutenção desse cenário, favorecendo ainda mais o bom desenvolvimento das lavouras.
Os números chegaram de surpresa e esse é agora um momento de acomodação para as cotações, afirmou o consultor. "O mercado está agora assimilando essa nova realidade e a questão do bom andamento das lavouras. Mas a colheita ainda nem começou (...) Só teremos números da soja na segunda quinzena de setembro", disse França. "A definição da safra de soja acontece somente em agosto, o que quer dizer que ainda temos um tempo maior de possibilidade de alguma novidade climática", completa.
Sendo assim, para o consultor, o mercado pode exibir novas baixas e preços ainda mais pressionados a medida em que as informações forem confirmando esses números projetados para a safra norte-americana. Assim, a expectativa é de que as cotações referentes à safra 2014/15 devem atuar na casa dos US$ 11,40 e caindo para o intervalo de R$ 10,50 a R$ 11,00 por bushel durante a colheita. "Esse último boletim do USDA foi um divisor de águas para o mercado", finalizou.
Análise Técnica
Entre as análises técnicas, que são definidas pelo comportamento do preços nos gráficos, a soja também já exibe uma tendência de queda, inclusive no curto prazo. Para o vencimento julho/14, após ter perdido o patamar dos US$ 14,50, o mercado estabeleceu um novo nível - de US$ 14,00, segundo explicou Antônio Domiciano, gestor de investimentos da SmartQuant Fundos de Investimentos, que também foi perdido após a divulgação das informações do USDA.
Assim, o novo intervalo para essa posição passou a ser, portanto, algo entre US$ 13,50 e US$ 13,60 por bushel. "Tão logo o mercado bateu nesse patamar, apareceram compras, fez o preço retornar e trabalhar na área dos US$ 14", disse Domiciano. Nos meses de maio e junho, os preços caíram cerca de 10% e o movimento confirmaram mais expressivamente uma tendência negativa para os preços.
Para que os futuros da soja voltem a operar em alta de forma mais concreta, o gestor afirma que o mercado precisaria voltar a se consolidar acima dos US$ 14,50, porém, diz ainda que não acredita que as cotações voltem a subir imediatamente.
"Para demonstrar alguma reação mais efetiva, o mercado tem que ficar acima dos US$ 14, mas esse cenário de queda só muda se o mercado conseguir trabalhar acima dos US$ 14,50, ou seja, subir pelo menos uns 3%, o que hoje é uma chance bastante remota em função do movimento brusco desta segunda. Do lado desfavorável, o produtor deve ficar extremamente atento à perda do suporte dos US$ 13,60. Abaixo disso, o mercado amplia o potencial de perda para mais 3 ou 4%".
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