Soja: Após disparada em Chicago, preços têm manhã de leve queda nesta 6ª feira
Nesta manhã de sexta-feira (20), os futuros da soja negociados no mercado internacional exibiam ligeira baixa depois do fechamento muito forte da sessão anterior, quando os principais vencimentos terminaram o dia subindo mais de 10 pontos. Na Bolsa de Chicago, por volta das 7h20 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam pouco mais de 2 pontos, ainda assim, trabalhavam acima dos US$ 10,00 por bushel, buscando se consolidar, novamente, nesse patamar.
O mercado recebeu com surpresa os números divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Agricultural Outlook Forum que mostraram uma área de plantio menor para a soja nos EUA na safra 2015/16. A estimativa é de que sejam plantados 33,79 milhões de hectares - número bem menor do que vinha sendo especulado pelos traders, enquanto na safra anterior foram cultivados 33,87 milhões.
Esse fator, aliado à força que a demanda vem sinalizando e seu crescimento já consolidado, deram suporte para boas altas da oleaginosa ao longo dessa semana, segundo explicam analistas. Ganhos do farelo de soja complementaram o quadro positivo.
Paralelamente, há ainda a conclusão da safra da América do Sul e as perdas ainda não precificadas registradas no Brasil, como explica o consultor de mercado Carlos Cogo, haja vistas que a referência para o cenário internacional ainda dá conta de uma colheita de algo próximo de 94 milhões de toneladas, segundo os últimos números do USDA e da Conab.
As últimas projeções de consultorias privadas já se mostram bem menores do que isso, com números variando de 90 a 92 milhões de toneladas, como é o caso da Oil World, que estimou a produção brasileira em 91 milhões de toneladas, contra sua perspectiva anterior de 91,4 milhões. E ao passo em que esses números se confirmam e chegam ao mercado, os preços podem reagir a eles também, como explica o consultor.
Além disso, mais prejuízos poderiam vir a ser registrados caso as chuvas - que estão atrasadas este ano - possam atrapalhar a colheita em regiões produtoras de grande importância. No estado do Mato Grosso do Sul, por exemplo, os produtores já sofrem com essa situação.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (19), quando os preços nos portos brasileiros também explodiram, devido às altas em Chicago e mais os ganhos do dólar frente ao real. Em Paranaguá, o valor da soja para maio/15 subiu para R$ 67,00/saca.
Soja: Mercado fecha com boa alta em Chicago e preço chega a R$ 67 em Paranaguá nesta 5ª
Na sessão desta quinta-feira (19), os futuros da soja e do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia em campo positivo diante das primeiras perspectivas para a safra 2015/16 dos Estados Unidos divulgadas durante o Agricultural Annual Outlook Forum. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou áreas menores tanto para a oleaginosa quanto para o cereal e surpreendeu positivamente o mercado.
Assim, entre os principais vencimentos, o pregão terminou com ganhos de 11 a 12 pontos para a soja na CBOT, porém, nos melhores momentos da sessão, os ganhos superaram 18 pontos positivos. O contrato março fechou com US$ 10,07 por bushel e o maio, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 10,15.
A estimativa é de que sejam plantados nos EUA 33,79 milhões de hectares - número bem menor do que vinha sendo especulado pelos traders -, enquanto na safra anterior foram cultivados 33,87 milhões, enquanto o mercado vinha apostando em um crescimento da área em detrimento do milho.
Segundo explica o consultor de mercado Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, esse foi, realmente, o principal fator de estímulo para as cotações nesta quinta-feira e de que, se confirmando essa menor área nos EUA, os preços tendem a se firmar ainda mais no mercado internacional. "US$ 10,00 por bushel parece ser um novo piso para os preços, com esse cenário não há muito espaço para uma volta aos US$ 9", disse.
Além disso, Cogo afirma ainda que a quebra na safra brasileira ainda não foi precificada pelo mercado, haja vistas que a referência para o cenário internacional ainda dá conta de uma colheita de algo próximo de 94 milhões de toneladas, segundo os últimos números do USDA e da Conab.
Entretanto, as últimas projeções de consultorias privadas já se mostram bem menores do que isso, com números variando de 90 a 92 milhões de toneladas, como é o caso da Oil World, que estimou a produção brasileira em 91 milhões de toneladas, contra sua perspectiva anterior de 91,4 milhões. E ao passo em que esses números se confirmam e chegam ao mercado, os preços podem reagir a eles também, como explica o consultor.
A semana tem sido positiva para o mercado também diante de boas informações vindas da demanda, como os números do embarques semanais norte-americanos - já passando das 40,2 milhões de toneladas no acumulado do ano comercial - e das exportações do país, as quais serão atualizadas nesta sexta-feira (20) pelo USDA.
Mercado Interno
No mercado brasileiro, principalmente nos portos, os preços da soja também explodiram. As altas em Chicago e mais os ganhos do dólar frente ao real - de mais de 0,8% nesta quinta - resultaram em uma alta de 2,29% para o produto para maio/15 em Paranaguá, que terminou o dia em R$ 67,00. Em Rio Grande, a soja disponível ficou em R$ 66,00 e o da safra nova em R$ 67,90 por saca, com altas de 3,13 e 2,11%, respectivamente.
No interior do país, os ganhos variaram entre 0,87 e 4,08%, com destaque para os R$ 58,00 por saca em Ubiratã e Cascavel, ambas as praças no Paraná.
Há ainda a influência da comercialização - tanto no Brasil quanto nos EUA - sobre as cotações. Nas últimas semanas, com o avanço do dólar frente ao real, os produtores brasileiros venderam bem, deram mais dinâmica ao mercado, porém, o ritmo voltou a ficar mais lento, dado a aposta dos sojicultores em melhores momentos mais adiante.
Como explicou o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult, há um bom fluxo de vendas, porém, a demanda é muito grande e há filas de navios para embarcar a soja brasileira. "O fluxo ainda é insuficiente", diz.
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