Soja volta a cair na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira com mais chuvas previstas para o Corn Belt
A estabilidade, mais uma vez, durou pouco no mercado internacional da soja e os preços voltaram a ceder nesta segunda-feira (22). Os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago, por volta de 12h55 (horário de Brasília), perdiam entre 14,75 e 16,75 ponto nos principais contratos, com as baixas mais severas registradas nos mais distantes.
"O mercado de clima ainda atua de maneira bastante forte neste momento", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "As informações de demanda, nesse momento, não têm tanto peso", completa.
E é por isso que os bons números dos embarques semanais norte-americanos, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda, acabaram perdendo força diante das novas previsões climáticas que seguem indicando boas e bem distribuídas chuvas para o Meio-Oeste americano nestes próximos dias.
Na semana encerrada em 21 de julho, os EUA embarcaram 700,715 mil toneladas de soja em grão, contra expectativas que variavam de 330 mil a 540 mil toneladas e das pouco mais de 400 mil da semana anterior. O impacto dos números para os preços em Chicago, porém, foi limitado.
Leia mais:
>> USDA: Embarques de soja dos EUA ganham ritmo e superam expectativas
Nos próximos sete dias, em contrapartida, as principais regiões produtoras do Corn Belt recebem boas chuvas, segundo informações do NOAA, o departamento oficial de clima dos Estados Unidos, e os mapas pesam sobre Chicago. Nos intervalos dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias, as temperaturas deverão ser elevadas, porém, a ocorrência das precipitações continua, como ilustram os mapas a seguir.
Chuvas previstas para os EUA entre 25 de julho e 1º de agosto - Fonte: NOAA

Chuvas previstas nos EUA entre os dias 1 a 7 de agosto - Fonte: NOAA

Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 1 a 7 de agosto - Fonte: NOAA
Além disso, ainda como explica Brandalizze, uma nova semana se inicia com o sentimento de aversão ao risco latente entre os investidores. A tensão política na Turquia e os conflitos geopolíticos ainda resultando em mais ataques terroristas em diversos países intensificam esse sentimento e pesam sobre o cenário macroeconômico.
Assim, os futuros do petróleo negociados na Bolsa de Nova York, por exemplo, perdiam mais de 2% na tarde desta segunda-feira.
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