Soja fecha estável na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira às vésperas do novo USDA

Publicado em 11/08/2016 18:09

Às vésperas da divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado internacional da soja fechou com estabilidade nesta quinta-feira (11). Ao lado das expectativas para os números atualizados, os preços encontraram, por outro lado, suporte nas boas informações que chegaram da demanda. 

Dessa forma, os principais contratos fecharam a sessão na Bolsa de Chicago subindo entre 1,50 e 5,25 pontos, com as altas mais fortes sendo observadas nas posições mais próximas. O setembro/16 encerrou o dia, portanto, com US$ 10,01 e o novembro/16, referência para a nova safra dos EUA, com US$ 9,84 por bushel. 

Durante todo o pregão, o mercado manteve sua postura defensiva, sem indicar oscilações muito expressivas, com o objetivo de preservar sua cautela e de buscar um posicionamento antes da chegada do boletim do USDA, já que as expectativas para o relatório são fortes e poderão, segundo acreditam analistas e consultores, confirmar a disputa por espaço entre os fundamentos de oferta - com a grande safra esperada para os EUA - e demanda, com um consumo mundial crescendo de forma expressiva. 

"Não importa o tamanho da safra de soja norte-americana, qualquer acréscimo já está superado pela considerável aumento do consumo mundial", diz Liones Severo, consultor de mercado do SIM Consult. 

Veja as íntegra das expectativas do mercado para o boletim de agosto:

>> USDA: Expectativas indicam robusta safra de milho dos EUA e estoques globais de soja ajustados

E nesta quinta-feira, mesmo diante dessas projeções que indicam a produção 2016/17 dos EUA podendo chegar a até 110 milhões de toneladas, novos anúncios de venda pelo USDA e os números das vendas semanais para exportação norte-americanas renovaram o sentimento de que a demanda forte ainda é um importante pilar de suporte para as cotações. 

Foram vendidas 249 mil toneladas de soja do ano comercial 2016/17, sendo 120 mil para a China e 129 mil para destinos não revelados. Além disso, os EUA venderam ainda 100,460 mil toneladas de farelo para o México, sendo 72,122 mil da temporada 2016/17 e mais 28,338 mil da 2017/18. E nesta semana, o USDA já informou as vendas de outras 366 mil toneladas de soja. 

Ainda com números do USDA chegou ao mercado o reporte semanal de vendas para exportação, mostrando que, na semana encerrada em 4 de agosto, os EUA venderam 3.100,200 milhões de toneladas de soja em grão e o volume superou as expectativas do mercado, que eram altas e variavam entre 2,1 e 2,9 milhões de toneladas. Do total, a maior parte foi da safra 2016/17, sendo 2.792,2 milhões, com a maior parte sendo adquirida pela China. Já da temporada 2015/16, foram vendidas 308 mil toneladas, com o Vietnã como maior comprador. 

Mercado Brasileiro

No mercado brasileiro, os negócios seguem travado, sem ritmo e com poucos volumes. Os preços, por sua vez, perderam a direção comum e fecharam o dia em campo misto entre as principais praças de comercialização. Nos portos, os valores subiram. Em Paranaguá, alta de 1,23% para R$ 82,00 no disponível e estável em R$ 77,00 no mercado futuro. Em Rio Grande, o disponível subiu 1,29%, para R$ 78,50, e 1,58% para R$ 77,50 no fututo. 

Em praças de São Paulo, as altas chegaram a bater em mais de 4%, levando as cotações de volta a superar os R$ 70,00 por saca, em contrapartida, no oeste da Bahia, baixa de mais de 3% para R$ 64,33 ou em Jataí/GO, com queda de 0,31%, para R$ 64,80 por saca. Confira as cotações completas no link abaixo:

>> MERCADO DA SOJA

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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