Óleo de soja sobe mais de 6% na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira e puxa preços do grão

Publicado em 23/11/2016 16:41

Na sessão desta quarta-feira (22), véspera do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago testaram os dois lados da tabela, trabalhando com oscilações tímidas nos principais vencimentos e encerrando os negócios com estabilidade e alguma alta. Ainda assim, o contrato maio/17, que serve como indicativo para a safra do Brasil, ainda consegui se manter acima dos US$ 10,40 por bushel. 

Essa retomada das cotações, porém, foi motivada, entre outros de seus fundamentos ainda muito positivos, pelo mercado do óleo de soja. Os futuros do derivado, nesta quarta, subiram mais de 6% na CBOT e puxaram o grão depois que a EPA (Agência de Proteção Ambiental) dos EUA divulgou suas novas metas para o biocombustível em 2017. 

O uso de combustíveis renováveis foi revisado de 18,11 bilhões de galões para 19,28 bilhões no ano que vem. Do total, 15 bilhões são de biocombustível comum, principalmente a base de etanol de milho, e o restante com boa parte de biodiesel de soja. O volume reportado pela agência veio acima do esperado e serviu de forte estímulo para o óleo. Afinal, a matéria-prima principal para o biodiesel nos EUA é o óleo de soja e, com esse aumento, há a probilidade de um aperto nos estoques domésticos do produto. 

As altas do grão em Chicago foram limitadas, apenas, pela leve realização de lucros, com os preços se ajustando e devolvendo parte das últimas altas e após quatro sessões positivas consecutivas. Além disso, o dólar index, nesta quarta, acumulou mais um pregão de boas altas, rompendo suas máximas em 13 anos diante das especulações cada vez mais fortes de uma possibilidade de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve em dezembro. 

"O dólar americano continua muito forte e renovando suas máximas", disse o analista da Benson Quinn Commodities, em nota, Stephen Pridel. "Essa pode ser uma preocupação [para as commodities] caso essa força continue e moeda siga avançando", completa. 

Mercado Brasileiro

E não foi só no cenário externo que o dólar subiu, mas também frente ao real nesta quarta-feira. A moeda americana fechou o dia com mais de 1% de alta e voltou a se aproximar dos R$ 3,40. A possibilidade dos juros maiores nos EUA e mais o anúncio de menos intervenção do Banco Central no Brasil motivaram esse avanço. Na máxima do dia, a divisa alcançou os R$ 3,42, para fechar com R$ 3,6940. A volatilidade, porém, deverá continuar, como explicam analistas. 

Assim, os preços da soja no mercado físico brasileiro registraram um novo dia de altas nesta quarta. Além do dólar forte, afinal, os patamares em Chicago têm se consolidado em melhores níveis e constroem um cenário favorável para os preços do produto brasileiro. No interior do país, as altas passaram de 1% e, no Oeste da Bahia, por exemplo, chegaram a 2,22% levando a cotação a R$ 69,00 por saca. Em Ponta Grossa, no Paraná, a referência chegou aos R$ 77,00. 

Nos portos, os preços da oleaginosa também subiram. Paranaguá encerrou o dia com R$ 82,00 por saca tanto no disponível, onde subiu 2,50% nesta quarta, quanto no mercado futuro, com alta de 0,61%. Já em Rio Grande, R$ 80,00 e R$ 85,00, respectivamente, onde as cotações subiram 0,63% e 0,59%.  

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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