Soja: Vencimento maio/17 supera os US$ 10,70 e safra nova em Rio Grande vai a R$ 86,70 nesta 2ª

Publicado em 28/11/2016 12:09

O movimento de alta dos preços da soja na Bolsa de Chicago continua no início da tarde desta segunda-feira (28). O mercado internacional vem confirmando a tendência positiva esperada por analistas e consultores para esta semana e, por volta de 12h55 (horário de Brasília), os preços subiam pouco mais de 10 pontos entre os vencimentos mais negociados. Mais cedo, os ganhos chegaram a superar os 15 pontos, levando o contrato maio/17 a ultrapassar o patamar dos US$ 10,70 por bushel. O julho/17 já era cotado a US$ 10,75. 

Enquanto isso, os preços da oleaginosa brasileira, apoiados nestes ganhos de Chicago, encontram espaço para novas altas, apesar do dólar em baixa frente ao real neste início de semana. No porto de Rio Grande, o produto da safra nova, negociado para junho do ano que vem tinha como referência, na atrde de hoje, R$ 86,70 por saca, enquanto o disponível era cotado a R$ 81,50. Ao mesmo tempo, a moeda americana recuava 0,49% para R$ 3,397. 

Mercado Internacional

O avanço da commodity nesta segunda-feira (28) ainda é reflexo dos  já conhecidos fortes números da demanda, bem como as projeções de que sua intensidade permaneça. E ainda nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza alguns números da demanda, trazendo seu novo boletim semanal de embarques de grãos e os números, dependendo de sua força, podem mexer com o andamento das cotações em Chicago. Os dados chegam durante a tarde de hoje. 

De acordo com o último reporte, até o dia 17 de novembro, os embarques norte-americanos de soja já somavam 21.908,956 milhões de toneladas da oleaginosa. O volume indica a forte procura pela soja dos EUA, e um ritmo mais acelerado do que o registrado no mesmo período da temporada anterior, quando o total embarcado era de 18.173,689 milhões. As vendas para exportação - ainda não embarcadas, mas não embarcadas - também estão acima das do ano comercial 2015/16.

A demanda conta ainda com as boas margens de esmagamento que vem sendo registradas na China. "As margens de esmagamento estão sendo sustentadas pelo baixo nível dos estoques domésticos do farelo e óleo", explicam os analistas da Agrinvest Commodities, nesta segunda. Além disso, ainda de acordo com os executivos, há uma demanda interna maior concentrada sobre o farelo e o óleo na nação asiática dada a política anti-dumping sobre o DDG americano. 

Mais cedo, o mercado internacional de commodities também se beneficiava de um dollar index recuando ligeiramente, porém, o indicador passou a subir um pouco mais na tarde de hoje. Apesar disso, os futuros da soja continuam subindo, ao mesmo tempo que em o petróleo - tanto em Nova York, quanto em Londres - passou para o lado positivo da tabela e, por volta das 13h (Brasília), avançava mais de 2%. 

Dentro do complexo soja, mais uma vez o óleo ganha destaque. Com altas de mais de 16 meses entre os futuros da canola, os futuros dos óleos vegetais renovaram suas altas nos mercados globais, puxando o óleo de soja na CBOT e, portanto, a soja em grão também. E, como explicam analistas internacionais ouvidos pelo portal internacional Agrimoney, os estoques mundias da canola são estreitos este ano e estão no radar dos traders. 

E o mercado internacional, paralelamente, segue atento ao comportamento do clima na América do Sul e o impacto que vem exercendo sobre as lavouras da safra 2016/17 de soja, principalmente no Brasil e na Argentina. 

Esse quadro, portanto, ainda como explicam analistas e consultores, traz de volta os fundos investidores à ponta compradora do mercado, dando ainda mais estímulo à oleaginosa negociada em Chicago. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário