Soja: Mercado trabalha em queda nesta 6ª feira dividindo atenção entre Trump e Argentina

Publicado em 20/01/2017 07:43

Na sessão desta sexta-feira (20), o mercado internacional da soja voltou a recuar na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam de pouco mais de 8 pontos, com o março/17 cotado a US$ 10,62 e o maio/17, referência para a safra brasileira, valendo US$ 10,70 por bushel. 

Segue o movimento de realização de lucros na CBOT, após a semana agitada e de boas altas que o mercado passou nos últimos dias, e apesar das preocupações crescentes sobre a safra da Argentina, que vem perdendo cada vez mais seu potencial em função das chuvas em excesso. Além disso, a proximidade do final de semana também estimula esse movimento, com os traders frente a algumas incertezas e com as condições de tempo na Argentina trazendo muitas novas informações constantemente. 

Para a próxima semana, as previsões já começam a indicar melhores condições, com as chuvas dando uma trégua às áreas afetadas pelas cheias. No entanto, pesquisas recentes mostram que mais de 2 milhões de hectares já foram perdidos. "Com o tempo mais seco na próxima semana, teremos uma visão melhor das perdas", explica o analsita de mercado Joe Lardy, da Country Futures, ao Agrimoney.

Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte semanal de vendas para exportação, o que também pode ajudar a definir melhor a direção das cotações neste pregão. Embora as últimas semanas tenham sido de dados mais fracos, no acumulado da temporada os números são elevados e já há quase 90% do total a ser exportado pelos EUA - 55,79 milhões de toneladas - já comprometidos. 

Ao mesmo tempo, porém, o dia pode ser de volatilidade, já que Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos hoje, chegando com algumas incertezase trazendo cautela aos mercados nesta sexta. 

"Além de todas as questões relacionadas ao sistema de saúde, relações diplomáticas, aos eleitores favoráveis e contrários, questões eleitorais e hacks, a maior preocupação dos investidores é com a política econômica. Os rasos sinais emitidos por Trump levam em conta protecionismo, tentativa de desvalorização do dólar, política fiscal expansionista e um provável embate com o Federal Reserve", diz o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, em artigo publicado no site da Investing nesta sexta-feira.

Leia mais:

>> Mercados atentos ao TrumpEconomics e o futuro dos emergentes, por Jason Vieira

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • geraldo emanuel prizon Coromandel - MG

    Não vamos esquecer que em certas áreas na Argentina o problema é a falta de chuvas... Assim, se por uma lado a situação melhora com a trégua das chuvas nas áreas castigadas, por outro, agrava-se ainda mais o problema nas áreas afetadas pela seca.

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    • Carlos Costa Dourado Sobrinho João Dourado - BA

      Agora temos que saber qual tipo de cultura que está sendo afetada pela seca na argentia. Se souber quais por favor comente aqui.

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    • Carlos Costa Dourado Sobrinho João Dourado - BA

      Agora temos que saber qual tipo de cultura que está sendo afetada pela seca na argentia. Se souber quais por favor comente aqui.

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