Soja disponível tem R$ 68 em Rio Grande nesta 2ª feira com Chicago ainda em queda e dólar baixo

Publicado em 27/03/2017 13:36

Nesta segunda-feira (27), o movimento de baixa dos preços da soja na Bolsa de Chicago continua. Os futuros da commodity, por volta de 12h50 (horário de Brasília), perdiam de 3,25 a 4,50 pontos, com o maio/17 valendo US$ 9,72 e o setembro/17 cotado a US$ 9,77.

"O mercado da soja não conta com novas notícias, por enquanto, para trazer os compradores de volta ao mercado neste momento, o que sugere que a lqiuidação de posições por parte dos fundos pode continuar", explica, em nota, a corretora internacional Water Street Solutions, referindo-se à movimentação dos fundos na última semana, que provocaram um derretimento das cotações na CBOT. No acumulado semanal, as posições mais negociadas cederam mais de 2%.

Nessa toada, a formação dos preços no Brasil continua sem força para trazer patamares mais atrativos para os produtores e os negócios, portanto, ainda seguem limitados. Nesta tarde de segunda-feira, a soja disponível era negociada a R$ 68,00 por saca no porto de Rio Grande, sem apresentar alteração em relação ao última preço da sexta-feira passada (24). Já a referência junho/17 tinha um pequeno ganho de 0,58% para chegar aos R$ 69,00. 

A leve alta trazida pelo dólar neste início de semana era insuficiente para amenizar os patamares mais baixos consolidados, ao menos por agora, na Bolsa de Chicago. A moeda americana, por volta de 13h, subia 0,40% e valia R$ 3,121. 

Segundo o presidente da Aprosoja MT, Endrigo Dalcin, o melhor momento para o produtor brasileiro já passou e as melhores estratégias a partir desse momento serão as de trabalhar com médias e escalonamento das vendas. Da safra de Mato Grosso, apenas 61,5% da nova safra foi comercializada e os preços atuais, no estado, variam de R$ 53,00 a R$ 53,50 por saca, bruto, segundo relatou em entrevista ao Notícias Agrícolas, direto de Pequim, na China. 

E isso acontece mesmo com uma intensa força da demanda. "A demanda está aquecida, mas não vai tirar pressão sozinha da questão das super safras que se acumularam. Temos que acompanhar também a questão climática nos países, principalmente agora virando os olhos para os Estados Unidos. Sabemos que o plantio já começou em alguns locais, a soja vai ser o forte do plantio - em maio - e temos que acompanhar isso, porque essas oscilações serão importantes para o produtor vender", diz Dalcin.   

Espera pelo USDA

Ainda nesta semana, o mercado recebe os primeiros números oficiais de intenção de plantio pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 31 de março e já se ajusta antes da chegada dessas informações. 

O que se espera, afinal, é um aumento considerável na área de soja em detrimento do milho e essa confirmação pode chegar no final da semana. Uma pesquisa da agência internacional de notícias Bloomberg indica a semeadura em 35,73 milhões de hectares nesta safra.
 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário