Clima e demanda chinesa impedem quedas mais fortes da soja em Chicago

Publicado em 08/09/2017 18:09
Mercado técnico com operadores embolsando lucros e se posicionando para relatório do USDA da próxima terça-feira (12)

As cotações da soja na Bolsa de Chicago (CME) encerraram o pregão desta sexta-feira(08) em queda com vencimento setembro fechando a US$ 9,56/bushel e recuo de 6,75 pontos. Novembro encerrou em US$ 9,61/bushel e queda de 7,25 pontos e Janeiro/2018 finalizou em US$ 9,72 com baixa de 6,5 pontos.

Depois de iniciar o dia em alta, as cotações mudaram de lado com movimentações técnicas registradas ao longo da sessão. De acordo com a Granoeste Corretora, de Cascavel-PR , investidores aproveitaram para vender posições após as altas que vinham sendo registradas desde final de agosto e também, muitos buscaram se posicionar para o relatório de oferta e demanda do USDA que será divulgado na próxima terça-feira (12).

Conheça as expectativas do mercado para o próximo relatório

É possível afirmar que as perdas foram limitadas no pregão desta sexta-feira por fatores como clima e demanda forte pelo produto americano. No que diz respeito ao clima, dois motivos foram considerados importantes pelo mercado: as preocupações com a passagem do furacão Irma pelo Sul do cinturão americano e as temperaturas altas, além de poucas chuvas mais ao norte da região produtora nos EUA.

No quesito demanda, o destaque fica para os dados da Admistração Alfandegária da China que reportaram importações de 8,5 milhões de toneladas de soja em Agosto. Ao todo, em 2017 já são 63,3 milhões de toneladas exportadas e um incremento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, o USDA confirmou  a finalização dos embarques da safra 2016/17 em 31 de agosto, com números em linha ao já projetado previamente pelo departamento , num total de 58,5 milhões de toneladas.

O fator preocupante é com o atraso nas vendas da safra nova americana. No total desta temporada foram negociadas 15,4 milhões de toneladas, ante 22,5 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a Granoeste, no mercado doméstico, mesmo com os feriados nos EUA e Brasil, a semana teve movimentação melhor do que as verificadas em semanas anteriores.

A sexta-feira (08) foi de alta de 0,97 % nas cotações da soja em Sorriso (MT) com a saca de 60 kg negociada a R$52,00. Já no Oeste da Bahia a soja teve recuo de mais de 2,5% e saca valendo R$58,00.

Veja as cotações nas demais regiões produtoras , clique aqui

China manteve cotações firmes, com importações fortes (AGResources)

O mercado da soja  manteve-se em alta na sexta-feira por quase toda a sessão, com o suporte aos preços provenientes de expor- tações semanais acima do esperado, juntamente com um anúncio de compras da soja norte-americana, pelos chineses. Entretanto, a soja, milho e trigo foram pressionados pelo intenso movimento de coleta de lucros frente ao fim de semana e o esperado relatório do USDA, da próxi-ma terça-feira.

Os dados preliminares do comércio chinês publicados na manhã de sexta mostraram que o país asiático importou quase 8,5 MT de soja durante agosto, sendo 10% abaixo do mês passado, entretanto um recorde para um mês de agosto. Para o ano comercial chinês (outubro a setembro) já foram importados 85,4 MT de soja no total. O que significa que neste mês de setembro são necessárias apenas 5,6 MT para alcançar a projeção anual do USDA, de 91 MT.

A AgResource acredita que as importações chinesas deverão encerrar setembro com um total acima de 93 MT de soja. O relatório de fundos publicados na tarde de sexta-feira trouxe uma cobertura de quase da metade das posições especulativas

 

 

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Fonte:
Notícas Agrícolas/AGResources

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