Apesar de clima incerto na América do Sul, soja em Chicago conta com novos fatores para encerrar no vermelho

Publicado em 27/12/2017 16:37
Maior exigência de qualidade nas exportações americanas para a China, que do petróleo e realização de lucros influenciam baixa da soja em Chicago

As cotações da soja na Bolsa de Chicago (CME-Group) encerraram em queda no pregão regular desta quarta-feira (27) após iniciar o dia do lado positivo. Apesar de pouca alteração nos mapas climáticos da América do Sul e do registro de uma nova venda de 110 mil toneladas de soja americana anunciada pelo USDA, os operadores levaram em conta outros fatores que acabaram pesando sobre os preços do grão.

No encerramento do pregão, o vencimento Jan./2018 fechou com baixa de 3,75 pts cotado a US$ 9,55. Março/2018 teve queda de 3,0 pts e negócios a US$ 9,67 enquanto Maio/2018 finalizou a  US$ 9,78 com variação negativa de 3 pts.

Entre os fatores que pesaram negativamente sobre as cotações estão: um movimento de realização de lucros após as altas de dois dígitos da sessão anterior, o anúncio de que os EUA vão elevar o controle de qualidade sobre as exportações para a China em resposta a um pedido do governo em Pequim, além de um movimento negativo nas cotações do petróleo que acabou respingando no óleo de soja e chegando ao grão.

Sobre essa medida de aumento do padrão de qualidade da soja americana o porta-voz do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, William Wepsala disse que o novo processo pode entrar em vigor no dia 1 de janeiro

As remessas com níveis de impurezas abaixo de um novo padrão de 1 por cento, metade do nível atual, receberão prioridade para o embarque, enquanto a soja acima deste percentual pode ser retida para novo processo de limpeza. Os requisitos aumentarão os custos para os exportadores e serão um golpe para os envios dos EUA, disse Monica Tu, analista da Xangai JC Intelligence Co.

As novas regras significam que "os EUA vão perder algum negócio", disse Charlie Sernatinger, futuro global de futuros de cereais para a ED & F Man Capital Markets em Chicago. Os carregadores americanos terão que pagar um prêmio por suprimentos que atendam aos padrões mais elevados, disse ele.

No entanto, vale salientar que os mapas climáticos na América do Sul seguem nos radares dos operadores em Chicago e ainda podem influenciar os preços da soja em Chicago.

Segundo a A World Weather Inc , na Argentina, uma faixa de chuvas e tempestades significativas ainda deve avançar de sul para norte no final da sexta-feira até o domingo. Mas a preocupação com a seca permanece, especialmente no norte e alguns pontos ao sul do país, pois serão chuvas isolada e temperaturas altas. Após o domingo, é provável acontecer outro período seco, apesar de alguns chuvisqueiros e trovoadas isoladas. 

Mercado interno
 

No cenário nacional, quase todas as principais praças de comercialização encerraram o dia sem referências ou com preços estáveis dado a proximidade do final do ano, quando o volume de negócios é limitado. 

As exceções ficaram por conta de Rio Verde em GO, onde a saca subiu 1,72% para R$ 59,00 e no Oeste da Bahia onde foi observada uma alta de 1,64% para R$ 62,00. 

Nos portos, os preços acompanharam o movimento negativo dos futuros da oleaginosa. Em Rio Grande no RS a soja spot fechou a R$ 73,70 com 0,41% de queda em relação aos negócios anteriores e R$ 75,00 por saca no caso da safra nova, com baixa de 0,27% para maio.

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