Soja fecha nova sessão em alta na Bolsa de Chicago e safra nova tem R$ 77,50 em Rio Grande

Publicado em 15/02/2018 17:26

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Segue o rally entre os preços da soja na Bolsa de Chicago e, na sessão desta quinta-feira (15), os futuros da commodity - que terminaram o dia com ganhos de pouco mais de 7 pontos entre as posições mais negociadas - bateram em seus melhores níveis desde o último dia 25 de julho. 

Assim, o vencimento maio/18, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 10,35 por bushel, enquanto o julho e o agosto/18 superaram os US$ 10,40 por bushel.

Como explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, os traders permanecem atentos em dois principais fatores nesta semana: o dólar, que segue recuando no cenário externo, e o clima na Argentina, o qual continua adverso e comprometendo o potencial da safra 2017/18. 

Na Argentina, as chuvas continuam a aparecer de forma bastante irregular e não chegam às áreas onde são mais necessárias neste momento. Ao mesmo tempo, as temperaturas também seguem elevadas e crescendo, trazendo ainda mais preocupação aos produtores e ao mercado. 

As mudanças entre as condições argentinas são esperadas, de acordo com o modelo climático americano, somente a partir do dia 19 e de forma bastante pontual, como mostra o boletim diário da AgResource. 

"o modelo Americano (GFS) traz chuvas concentradas sobre o Centro-Leste da Argentina, entre 19-24 de fevereiro. Tais precipitações são bastante localizadas e não trazem um cenário de "recuperação" em nível nacio- nal, uma vez que a falta de umidade do solo e o estresse hídrico são características generalizadas pela Argentina. Chuvas são extremamente necessárias no curto-prazo, por todo a região sul da América do Sul", diz o reporte. 

Vendas semanais americanas

Do lado da demanda, as vendas norte-americanas para exportação ainda seguem evoluindo em um ritmo um pouco mais lento e acabam por limitar o avanço das cotações. 

De acordo com o boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram vendidas, na última semana, tímidas 640,4 mil toneladas. O mercado, porém, também esperava uma faixa mais baixa de números para a oleaginosa, que variava de 450 mil a 750 mil toneladas. Em relação à semana anterior, a queda no volume foi de 4% e de 8% se comparado à média das últimas quatro. A China permanece como principal destino da commodity. 

Preços no Brasil

No Brasil, os preços fecharam em queda na maior parte das praças de comercialização do país. Em Rio Grande do Sul e no Paraná, as baixas ficaram acima de 1%, mas os preços ainda se mantêm acima dos R$ 60,00, em alguns casos, acima dos R$ 70,00 por saca. 

Nos portos, as cotações subiram. A soja disponível foi a R$ 75,50 tanto no terminal de Paranaguá, quanto no de Rio Grande, com altas de 0,67% e 0,27%. Já a referência para maio/18 foi a R$ 77,20, com ganho de 0,26% no porto gaúcho. 

Além dos ganhos em Chicago, a leve alta do dólar ajudou a puxar os preços no mercado nacional. A moeda americana, nesta quinta-feira, subiu 0,26%, fechando em R$ 3,2359. 

"O dólar ficou barato e trouxe importadores e investidores ao mercado", afirmou o gestor de uma corretora nacional á agência de notícias Reuters. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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