Soja recua em Chicago, mas dólar e prêmios puxam preços em até 2% no Brasil nesta 2ª

O acirramento da disputa comercial entre China e Estados Unidos pesou mais severamente sobre as cotações da soja praticadas na Bolsa de Chicago no pregão desta segunda-feira (2) e o mercado - que começou o dia registrando ganhos de mais de 10 pontos entre os principais vencimentos - fechou emn campo negativo.
Os princpais contratos perderam entre 7,75 e 9 pontos, levando o maio/18 a US$ 10,35 por bushel. As posições mais distantes seguem acima dos US$ 10,40, com o agosto/18 ainda buscando os US$ 10,50.
Por outro lado, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira, e fechou com R$ 3,3127, com alta de 0,38%. "A semana traz importantes desafios... a única certeza que teremos é a continuidade da 'volatilidade'", escreveu a Correparti Corretora em relatório reportado pela agência de notícia Reuters.
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Assim, os preços da soja no mercado brasileiro também foram favorecidos e fecharam o dia com boas altas tanto no interior do país, quanto nos portos do país. Somente nas praças do Rio Grande do Sul e algumas do Paraná, as altas passaram de 2% e as cotações já superam os R$ 70,00 por saca.
Em Ponta Grossa, no estado paranaense, o último indicativo desta segunda foi de R$ 79,00 por saca. Em Castro, estabilidade, mas nos R$ 80,50.
No terminal de Paranaguá, a soja disponível fechou em R$ 81,50 por saca, enquanto em Rio Grande subiu 1,55% para R$ 78,80. Já o produto com referência maio/18 foi a R$ 79,20, com alta de 1,15%.
Além do dólar, os preços no Brasil também têm encontrado suporte nos prêmios. Somente no terminal paranaense, os valores para as principais posições de entrega passam de US$ 1,00 sobre as cotações praticadas na Bolsa de Chicago.
A demanda pela soja brasileira, afinal, se mantém bastante aquecida, já que a competitividade nacional temn sido maior, principalmente, pela melhor qualidade em relação à oleaginosa americana neste momento. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que, de fevereiro a março, as exportações de soja do Brasil tiveram um crescimento de 208%.
Bolsa de Chicago
Em retaliação às tarifas do presidente Donald Trump, a China impôs uma taxa de 25% sobre a carne suína americana. E a soja segue com um outro possível alvo.
De acordo com informações da Reuters internacional, "a China ainda está considerando cortes nas importações de soja dos EUA contra as tarifas impostas por Washington, conforme disse o diretor da Ásia do U.S. Soybean Export Council, Paul Burke, após uma reunião com o Ministério da Agricultura".
Além disso, os números dos embarques semanais norte-americanos, atualizado nesta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram dentro das expectativas e foram insuficientes para motivar uma sustentação às cotações.
Na semana encerrada em 29 de março, os EUA embarcaram 542,434 mil toneladas de soja, volume menor do que o da semana anterior, porém, dentro das projeções dos traders de 300 mil a 680 mil toneladas. No acumulado da temporada, os embarques já chegam a 41.482,483 milhões de toneladas contra quase 47 milhões do ano passado, nessa mesma época.
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