Soja: Alta de mais de 1% na CBOT e no câmbio puxam preços no BR e produtores avançam nos negócios

Publicado em 09/04/2018 17:43

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O pregão desta segunda-feira (9) foi positivo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa encerraram o dia com altas entre 10,25 e 13,25 pontos, uma valorização de mais de 1%. O maio/18 era cotado a US$ 10,47 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 10,57 por bushel. O agosto/18 finalizou a sessão a US$ 10,58 por bushel.

Segundo informações da Reuters internacional, as cotações da oleaginosa foram impulsionadas pelas novas informações vindas do lado da demanda e pelas preocupações com a disputa comercial entre EUA e China. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 232,5 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos.

Ainda hoje, o departamento americano reportou seu novo boletim de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 5 de abril, os EUA embarcaram 373,9 mil toneladas de soja. O volume ficou abaixo do reportado na semana anterior, de 578,8 mil toneladas. E os traders esperavam embarques entre 490 mil a 762 mil toneladas de soja.

No acumulado da temporada, os embarques da oleaginosa totalizam 41.893,5 milhões de toneladas. O volume ainda é menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, de 47.842,3 milhões de toneladas.

Já no caso da guerra entre EUA e China,  "os traders temem que uma disputa entre as duas maiores economias do mundo reduza a demanda por soja americana. A escalada das tensões entre os países desencadeou uma onda de compras de soja dos EUA por compradores europeus, em um dos primeiros sinais de que as ameaças tarifárias entre as duas principais economias do mundo estão prejudicando os fluxos globais de commodities", informou a Reuters internacional.

Além disso, os participantes do mercado já se preparam para o novo relatório de oferta e demanda do USDA. O boletim será publicado nesta terça-feira (10).

Mercado interno

Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a segunda-feira foi de valorização aos preços da soja praticados no mercado doméstico. Em muitas praças, as cotações subiram mais de 2%. Na região de Ponta Grossa (PR), a soja subiu mais de 6% e encerrou o dia a R$ 85,00 a saca.

Em Cascavel (PR), o ganho foi de 3,45%, com a saca a R$ 75,00. Na localidade de Jataí (GO), a alta foi de 2,33%, com a saca a R$ 66,00. Em Assis (SP), a saca registrou ganho de 1,37% e a saca da oleaginosa fechou o dia a R$ 74,00.

Nos portos brasileiros, o dia também foi de ganhos. "Tivemos muitos negócios nesta segunda-feira nos portos brasileiros. Os preços chegaram a R$ 87,00, R$ 88,00 a saca, impulsionados também pela valorização cambial", destacou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Por sua vez, a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,4219 na venda, com alta de 1,60%. O dólar subiu com "os investidores cada vez mais temerosos com a cena eleitoral neste ano e com o exterior, diante de eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China", ressaltou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> SOJA

Nos EUA, faltam chuvas no Oeste e sobra frio no Leste (AGresources)

Os futuros da soja abriram a semana em alta expressiva, impulsionada por preocupações climáticas nos Estados Unidos.

O cenário meteorológico norte-americano continua se dividindo em duas situações:

1) Nas Planícies, oeste do país, a falta de chuvas prevalece, sem umidade ideal para um plantio da safra principal;

2) No Cinturão Agrícola, lado leste, as temperaturas permanecem mais frias que a média para o atual período, dificultando o derretimento da crosta de gelo sobre o solo e impedindo o processo de plantio adequado.

A especulação sobre o embate comercial dos Estados Unidos e a China perdeu forças na manhã desta segunda, com o presidente Trump indicando possibilidades de acordos bilaterais entre os integrantes desta "briga".

A administração estadunidense também garante que os produtores do país não serão lesados por qualquer eventual imposição tarifária por parte chinesa.

No Brasil, o câmbio segue desvalorizando o Real diante de incertezas políticas que rodeiam a elegibilidade de Lula, que já cumpre sua condenação.

Clima melhora na Argentina

Nos mapas climáticos atualizados neste começo de semana, o padrão de estiagem continua sobre o Mato Grosso do Sul, São Paulo e toda região Sul do Brasil.

O cenário em tais estados é preocupante, principalmente para o produtor de safrinha.

No Centro-Norte brasileiro, as chuvas continuam favorecendo as lavouras, principalmente no MATOPIBA e no norte de Goiás e Mato Grosso. Para estas regiões, nenhuma preocupação generalizada é observada durante o mês de abril, o qual já possui uma tendência comum de redução de índices pluviométricos.

Para a Argentina, as precipitações entram em um ciclo mais regular neste segundo trimestre de 2018.

Chuvas serão constantes e de significância, aliviando a tensão climática gerada durante a seca recente.

Continua sendo improvável qualquer recuperação acentuada da safra de soja argentina, no entanto o clima será benéfico para o plantio do trigo.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas/AGResources

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