Soja sobe com correção técnica em Chicago nesta 2ª feira após menores preços em 10 anos

Publicado em 16/07/2018 12:28

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O mercado da soja deu início na tarde desta segunda-feira (16) a um movimento de correção técnica na Bolsa de Chicago ao alcançarem os menores patamares em 10 anos após consecutivas sessões de perdas expressivas. Assim, por volta de 12h (horário de Brasília), as cotações subiam entre 11,25 e 12,25 pontos, com o novembro/18 - que é o mais negociados neste momento - sendo negociado a US$ 8,46 por bushel. 

"O mercado estava sobrevendido, caiu demais", explica Steve Cachia, diretor da Cerealpar e consultor do Kordin Grain Terminal, de Malta. "Não mudou quase nada no mercad, então, a princípio temos essa correção técnica", completa. 

O cenário, afinal, continua sendo de fundamentos baixistas e de preocupações com a guerra comercial entre China e Estados Unidos que ainda não se dissiparam. Nesta segunda, o Ministério do Comércio chinês informou que entrou na OMC (Organização Mundial do Comércio) com uma reclamação contra as tarifas dos EUA sobre seus produtos. 

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Entretanto, como afirmou o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, "a soja estava barata demais, principalmente para o investidor. E se ele compra uma posição mais longa, tem chance ainda maior de capturar uma alta melhor", explica. 

E embora ainda não haja nenhum acordo finalizado entre chineses e americanos, Fernandes diz também que "todos os dias sai alguma informação que também ameniza essa situação". Além disso, há ainda uma pressão interna sobre o presidente Donald Trump por parte do setor produtivo que também poderia encaminhar os líderes a cederem de algum lado. "Mas, até agora, nada mudou". 

Além disso, as previsões de clima para o Meio-Oeste americano também continuam bastante positivas e favorecendo o desenvolvimento das plantações. Nesta segunda, após o fechamento de Chicago, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte semanal de acompanhamento de safras atualizando as condições dos campos americanos e, mesmo com esse cenário climático favorável, se espera uma ligeira reduão no índice de lavouras boas/excelentes. 

Entretanto, ainda segundo o consultor da Terra, o mercado poderia "usar como desculpa" esse aumento previsto da temperatura para voltar a subir, dando continuidade à esse movimento de correção. 
"As temperaturas vão ficar mais altas e, por isso, a pluviometria será menor. Mas, as reservas hídricas do solo são boas e, com o calor, isso é bom para as lavouras americanas. Mas, o mercado pode se valer disso", acredita Fernandes. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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