Soja intensifica ganhos em Chicago nesta 3ª e registra novas altas de mais de 1% com foco nos EUA

Publicado em 17/07/2018 12:57

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Na sessão desta terça-feira (17), os futuros da soja seguem trabalhando em campo positivo e vêm intensificando suas altas na Bolsa de Chicago. O mercado dá continuidade ao movimento de recuperação iniciado ontem, após testar seus patamares mais baixos em 10 anos. 

Assim, por volta de 12h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 11,50 e 12,50 pontos, com o novembro/18 - que é o contrato mais negociado neste momento - sendo cotado a US$ 8,57 por bushel. O agosto, que passou a ser a posição mais próximas, tinha US$ 8,41. 

Segundo explicam analistas e consultores, o mercado futuro norte-americano ainda não conta com uma mudança de tendência ou novidades fortes o suficiente para criá-la neste momento, o que caracteriza o movimento como técnico até este ponto. 

"Sem novidades sobre a guerra comercial EUA x China, o mercado pode voltar as atenções sobre o clima no Corn Belt. Lavouras americanas ainda em excelentes condições, mas houve deterioração na semana mais quente do ano", explica o direot da Cerealpar e consultor do Kordin Grain Terminal, de Malta, Steve Cachia.

O boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma baixa no índice de lavouras em boas ou excelentes condições de 71% para 69% na semana e o número ficou ligeiramente mais baixo do que as expectativas. Embora a diferença seja ainda tímida, foi suficiente para dar algum fôlego a um mercado já muito sobrevendido.  

Para as próximas semanas ainda são esperadas temperaturas mais elevadas e chuvas um pouco mais pontuais no Meio-Oeste americano. "É interessante, mas ainda não o suficiente para reverter de vez a recente tendencia baixista", diz o diretor da Cerealpar.

Paralelamente, como há meses vem acontecendo, os traders não desviam suas atenções das manchetes que se desenvolvem ao redor das conversas entre China e Estados Unidos no meio dessa guerra comercial. No entanto, a ida das duas nações para a OMC (Organização Mundial do Comércio) trouxe alguma sinalização de que as negociações poderiam ser retomadas e também trouxe outro sentimento ao mercado sobre esse entrave. 

Além disso, como explicou o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa, a soja norte-americana se mostra mais competitiva neste momento, principalmente para os compradores que não são chineses, uma vez que, mesmo com a tarifa de 25% da nação asiática, custa quase o mesmo que o produto brasileiro que carrega prêmios na casa dos 250 pontos. 

"O mercado já precifica bem a retórica comercial entre Estados Unidos e China. O interesse especulativo neste direcionador momentâneo de preços tem perdido o peso de composição de tendência. Os operadores da soja aguardam que a imposição tarifária chinesa de 25% sobre o grão importado dos Estados Unidos deverá ser um componente deste mercado por um prazo estendido", explica a AgResource Mercosul (ARC).

Do mesmo modo, porém, a consultoria afirma ainda que qualquer nova tentativa de renegociação entre Donald Trump e Xi Jinping poderia disparar um novo movimento de alta reverso às baixas acumulada nos últimos meses. Os fundos, afinal, seguem muito presentes do lado da venda, não só na soja em grão, mas também no óleo. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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