Soja: Mercado tem correção técnica e fecha 4ª feira com leves baixas na Bolsa de Chicago

O mercado da soja começou o dia trabalhando com leves altas nesta quarta-feira (3), mas reverteu o sinal dos negócios e terminou-o em campo negativo na Bolsa de Chicago. As cotações finalizaram o pregão com pequenas baixas de 3 a 4,50 pontos entre as posições mais negociadas.
As cotações deram início a esse movimento de queda no início da tarde, com uma correção técnica depois das últimas altas. Na sessão anterior, afinal, a oleaginosa marcou suas máximas em cinco semanas. Diante dos ganhos, os fundos investidores acabaram vendendo parte de suas posições, garantindo lucros e se reposicionando para novas informações.
No entanto, ainda como explicam analistas e consultores, o suporte vindo das chuvas excessivas que chegam ao Corn Belt ainda existe e a preocupação com o cenário climático adverso não se dissipou. As previsões atualizadas seguem mostrando a continuidade de precipitações de volumes elevados ainda para as próximas semanas.
Para os próximos 10 dias, os volumes esperados são bastante altos e intensificam a preocupação do mercado também com a qualidade dos grãos, não só de soja, mas também de milho, que ainda estão nos campos norte-americanos.
"A metade norte da região produtora continua apresentando chuva forte e atraso na colheita. E no longo prazo, as previsões não se mostram tão melhores", diz Ted Seifried, chefe da estratégia agrícola da Zaner Group, de Chicago, á Reuters internacional.
O mapa - do NOAA, o serviço oficial de clima do governo norte-americano - a seguir mostra as chuvas previstas para o período entre os dias 4 e 7 de outubro.
Mercado Nacional
No Brasil, mais uma vez, os preços da soja foram pressionados pela queda do dólar. A moeda americana registrou, nesta quarta-feira, sua terceira queda consecutiva, perdeu 1,20% e fechou o dia com R$ 3,8876, seu menor patamar desde o último 14 de agosto.
"O Datafolha confirmou o Ibope e isso está trazendo euforia ao mercado... que já começa a precificar a possibilidade de vitória (de Bolsonaro) no primeiro turno", disse a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte à agência de notícias Reuters.
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Nesse ambiente, as cotações no interior cederam mais de 1% e bateram em 2,44%, como foi o caso de Pato Branco, no Paraná, onde a saca de soja ficou em R$ 80,00.
No porto de Rio Grande, a soja disponível caiu 0,21% para fechar em R$ 94,00 por saca, enquanto foi a R$ 95,50 na referência novembro, com queda de 0,52%. Em Paranaguá, o produto disponível e o da safra nova permaneceram estáveis, com R$ 95,00 e R$ 84,00 por saca, respectivamente.
Segundo explicou o consultor de mercado Liones Severo, diretor do SIMConsult, a soja brasileira continuará a ser disputada dada a demanda intensa ocasionada pela falta de um acordo entre China e Estados Unidos.
"Essa disputa é o que forma o preço. O preço é reflexo dessa situação, do encontro do ofertante com o demandante. Tudo o que é produzido é consumido, não há soja em lugar nenhum do mundo", diz. No link a seguir, confira a íntegra de sua entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira:
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