Soja tem dia negativo em Chicago e portos do Brasil perdem mais de 1% nesta 3ª feira; negócios lentos

Publicado em 16/10/2018 17:59

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Os preços da soja na Bolsa de Chicago trabalharam durante todo o dia em campo negativo para terminar o pregão desta terça-feira (16) com baixas de pouco mais de 6 pontos entre os principais vencimentos. 

"O mercado subiu tudo o que tinha que subir nesta segunda-feira (15) e depois veio corrigindo", explicou o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, referindo-se às altas de mais de 2% do pregão anterior. 

Apesar de alguns problemas pontuais com o clima no Corn Belt que atrasam o ritmo da colheita nos EUA, as previsões paras os próximos dias já se mostram um pouco mais favoráveis e acabam por limitar o movimento de recuperação dos preços. 

Até o último domingo (14), a área colhida de soja no país passou de 32% para 38%. O índice ficou bem abaixo da média dos últimos cinco anos de 53% e do registrado no mesmo período do ano passado de 47%. 

Sobre a demanda, as informações ainda circulam, porém, com menos peso. Nesta terça, as especulações sobre dois navios carregados com soja dos Estados Unidos se encaminhando para a China se confirmaram. A informação confirma que a nação asiática está, de fato, recorrendo ao produto norte-americano para dar conta de suas necessidades. Na América do Sul, afinal, os estoques estão quase zerados.

O peso de informações como esta para o mercado, porém, ainda é limitado, ainda como explica Brandalizze. Esses embarques, afinal, referem-se a volumes de soja já contratados pela China nos EUA e o que mercado precisa agora é de notícias novas que mostrem novos negócios."Há muito volume comprado ainda que eles podem cancelar ou exercer e pelo jeito, eles terão que exercer".   

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Mercado Brasileiro

O dólar voltou a cair nesta terça-feira e fechou com baixa de 0,37%, valendo R$ 3,7023. Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 3,6922 e chegou a cair mais de 1%. A cena externa e o otimismo do mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro pesaram sobre a divisa. 

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O encontro das baixa de Chicago e do câmbio provocaram perdas também nas referências dos portos brasileiros nesta terça. No interior, os preços permaneceram estáveis na maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. 

Em Paranaguá, a soja disponível caiu 1,09% para R$ 91,00 por saca, enquanto a safra nova foi a R$ 83,00, com queda de 1,19%. Em Rio Grande, o produto disponível ficou em R$ 92,00, com baixa de 0,86%, e a referência novembro foi a R$ 94,00, perdendo 0,53%. 

Os negócios para a soja disponível ainda restante acontecem, porém, em volumes bem menores do que os observados há algumas semanas, quando o dólar estava mais alto. "Alguns negócios pontuais saíram nos R$ 93,00 por saca porque os produtores precisam fazer caixa neste momento e o produtor está liquidando, realizando lucro com medo de uma queda maior do dólar", diz Vlamir Brandalizze. 

Já para a safra nova, o consultor é enfático. "Não há quase nenhum negócio sendo feito". 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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