Soja: Preços têm momento ainda de baixa no mercado brasileiro e produtor deve evitar novas vendas

Publicado em 23/10/2018 17:29

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Os preços da soja formados no Brasil tiveram, nesta terça-feira (23), mais uma dia de pouca movimentação e oscilações pontuais com mais um pregão de estabilidade para os futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago e diante de uma leve alta do dólar. 

As variações foram pontuais no interior do país e ficaram entre altas e baixas. Enquanto Ubiratã/PR perdeu 1,33% para R$ 74,00 por saca, Castro, também no Paraná, ficou com R$ 85,00 e alta de 1,19% Em Mato Grosso, os preços também subiram ligeiramente. 

Nos portos, o dia também foi de estabilidade. Em Paranaguá, a soja disponível fechou estável nos R$ 89,00 por saca, enquanto a nova safra perdeu 1,27% para fechar o dia com R$ 78,00. Em Rio Grande, mantidos os R$ 90,00 no spot, enquanto a referência novembro recuou 0,55% para R$ 90,50. 

Como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, esse é um momento de negócios fracos e pontuais no Brasil, com os produtores focados em seus trabalhos de plantio e à espera da conclusão das eleições presidenciais deste ano. 

Além disso, a recente baixa do dólar, em sessões consecutivas, também impacta na comercialização. Na maior parte das regiões produtoras do Brasil os preços da safra nova já perderam força e boa parte de sua referência, tal qual acontece nos portos. Os indicativos para a temporada 2018/19 já perderam nesta semana, afinal, o patamar dos R$ 80,00 por saca. 

"O plantio aqui está acelerado e o mercado está de lado. A corrida é lavoura, o produtor já negociou bastante e os preços da sfra nova não são atrativos", explica Brandalizze. 

A orientação do consultor é de que os produtores sigam evitando novos negócios neste momento, uma vez que mais adiante oportunidades devem surgir com uma melhora em Chicago, uma recomposição do dólar e uma valorização dos prêmios em função de uma demanda chinesa que pode vir a se intensificar com a chegada da nova oferta brasileira. 

E o dólar, nesta terça-feira, fechou com leve alta de 0,27% e valendo R$ 3,6970. 

"Os investidores seguem na 'lua-de-mel' com Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial, mas muito dificilmente irão ignorar o cenário internacional", já havia adiantado no início do dia a H.Commcor Corretora em relatório.

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Mercado Internacional

Os preços da soja fecharam a sessão desta terça-feira com pequenas baixas de 1 a 1,50 ponto. O novembro/18 encerrou o dia valendo US$ 8,57 por bushel, enquanto o maio/19 ficou em US$ 8,98. 

Os números de evolução da colheita da soja nos Estados Unidos apresentado no fim do dia ontem, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), vieram dentro das expectativas do mercado e, apesar de mostrar um atraso em relação ao ao ano passado e à média dos últimos cinco anos, pesaram sobre as cotações. 

Na última semana, a colheita da soja foi de 38% a 53% da área norte-americana, contra 67% de 2017 e 69% da média plurianual. A expectativa do mercado era de 52%. 

Com essas baixas, segundo explicam analistas internacionais, os preços da soja marcam suas mínimas em duas semanas na CBOT. No entanto, ainda segundo executivos, o mercado segue na necessidade de um fator mais forte para motivar um caminhar mais intenso das cotações. 

E enquanto esse novo motivo não chega, ficam as atenções divididas entre a conclusão da colheita norte-americano - e as condições de clima em que os trabalhos se desenvolvem - a continuidade da guerra comercial entre chineses e americanos e o plantio brasileiro. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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