Soja trabalha com tímidas variações em Chicago nesta 5ª feira diante da falta de novidades
Pouco muda entre os preços da soja nesta manhã de quinta-feira (11) na Bolsa de Chicago. As cotações, perto de 7h40 (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 0,50 ponto nos principais contratos, com o maio valendo US$ 9,01 por bushel. A exceção era o setembro, que tinha alta de 1 ponto para valer US$ 9,26.
A falta de notícias novas ainda é a principal notícia de observação do mercado. "O mercado de grãos está quieto, sem grandes movimentações. Os traders seguem se perguntando se as manchetes serão suficientes para movimentar o mercado. O tempo dirá", explicam os analistas de mercado da consultoria internacional Allendale,Inc.
O clima adverso nos EUA também é acompanhado de perto, porém, nos preços da soja ainda não causa grandes reações. No entanto, as chuvas fortes, a neve e o frio intenso permanecem no radar dos traders.
Ainda nesta quinta, o mercado se mostra atento também aos números das vendas semanais para exportação dos EUA que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz. O mercado espera algo entre 800 mil e 1,25 milhão de toneladas para a soja em grão.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
>> Soja fecha com leves altas em Chicago nesta 4ª e preços no Brasil permanecem estáveis
Liones Severo Porto Alegre - RS
Soja: vendas de produtos americanos são pífias. A Argentina está vendendo soja com prêmios bastante descontados, negociando a -57 cents/bu mais barato que a soja brasileira e -95 cents/bu abaixo da soja americana do Golfo do México e -75 cents/bu abaixo da soja embarcada na costa do Pacífico (PWN). De outro lado, a margem de esmagamento (crushing margim) das industrias argentinas está bastante elevada a US$ 32,00 p/t, o que deverá estancar as vendas de soja em grãos brevemente. A forte desvalorização do peso argentina se tornou um grande pesadelo para produtores brasileiros, paraguaios e principalmente americanos.
Estoques agrícolas globais: tenho insistido que estoques do USDA/WASDE tem causado imensos prejuízos para o setor produtivo mundial, principalmente na defesa que os estoques chineses não deveriam participar das tabelas de Oferta & Demanda Mundial porque esses estoques não são comerciais, ou seja, não são disponibilizados para o mercado internacional, já que a China é importador liquido de todos os produtos agrícolas, principalmente Soja, Milho, Trigo, Sorgo, Arroz, etc. Agora, o USDA/WASDE sinaliza que poderá operar essas alterações nos próximos relatórios de O&D global. Sem os estoques chineses a situação ficaria assim : Soja ? USDA 107,360 MMT ? CN 22,200 MMT = 85,160 MMT // Milho : USDA 314,010 MMT ? CN 204,810 MMT = 109,200 MMT // Trigo : USDA 275,610 MMT ? CN 139,990 MMT = 135,620 MMT. Especificamente, sobre o estoque mundial de soja, se corrigirmos os estoques do BR/USDA de 25,430 MMT e da ARG/USDA 28,250 MMT, aplicando os estoques da CONAB e do MINAGRI, o estoque global corrigido de 85,160 MMT, restaria como verdadeiro estoque não mais de 37,0 MMT. Se isto realmente acontecer haverá uma sacudida nos mercados agrícolas globais. Faz sentido, até porque os norte-americanos precisam salvar seus produtores e reeleger Mr. Trump. Acredite se quiser !