Soja sobe com chuvas do fim de semana nos EUA e previsão de mais precipitações

Publicado em 28/05/2019 07:26

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Os negócios foram retomados com  os grãos na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (28) e a soja volta do feriado nos EUA operando com fortes altas neste pregão. Por volta de 7h (horário de Brasília), as cotações subiam mais de 14 pontos nos principais contratos, com o julho valendo US$ 8,44 e o agosto, US$ 8,51 por bushel. 

O clima desfavorável à safra 2019/20 do país ainda é o principal combustível para o avanço dos preços. O final de semana foi de chuvas fortes, tornados - como estava previsto - e mantém o plantio bastante atrasado nos EUA. 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final da tarde de hoje, após o fechamento da sessão em Chicago, seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras e os números deverão ainda se mostrar bem atrás do ano passado e da média dos últimos anos. 

As expectativas do mercado indicam que a soja possa estar plantada em algo entre 28% e 30% da área, contra 19% da semana anterior, 77% de 2018 e 62% da média das últimas cinco safras. Para o milho, os traders esperam a semeadura entre 63% e 65%, contra 49% da semana anterior, 92% do ano passado e 91% da média.

Os novos números chegam às 17h (horário de Brasília). 

E para os próximos 15 dias, mais chuvas são previstas para os EUA. Elevados volumes deverão chegar a uma grande parte da área produtora dos Estados Unidose ameaça deixar ainda mais lento um plantio já muito atrasado no país. As precipitações acima do normal são esperadas para quase todo o Meio-Oeste e as Planícies. 

O mercado segue atento também aos desdobramentos da guerra comercial EUA x China, e quais os próximos movimentos de ambos os países.

Agricultores dos EUA receberão US$ 14,5 bi em pagamentos diretos em pacote de auxílio

WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) já havia dito na quinta-feira passada que os agricultores do país receberão 14,5 bilhões de dólares em pagamentos diretos, como parte de um pacote de 16 bilhões de dólares em auxílio elaborado para compensar os danos financeiros causados por disputas comerciais com a China e outras nações.

Os produtores receberão o primeiro pagamento direto em julho ou agosto, com os pagamentos subsequentes previstos para o final do outono e para o início de 2020, disse o USDA.

Segundo o USDA, os pagamentos serão baseados nos condados em que os agricultores residem, e não nas culturas por eles cultivadas.

Programa de auxílio de US$ 16 bi dos EUA deve ajudar a expandir mercados, diz USDA

WASHINGTON (Reuters) - O programa de assistência de 16 bilhões de dólares do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudará os agricultores norte-americanos afetados pela guerra comercial entre EUA e China, e inclui esforços para abrir mercados aos produtos norte-americanos fora da China, disse o secretário da Agricultura dos EUA nesta quinta-feira.

"Parte desses 16 bilhões de dólares será usada em programas de acesso a mercados para conquistar negócios em outros lugares", disse o secretário da Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, em entrevista à Fox Business Network. "Se a China decidir sair do jogo, venderemos esses ótimos produtos em outros lugares."

Perdue não deu mais detalhes, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve divulgar mais informações sobre o pacote de assistência nesta quinta-feira. Trump também deve falar com os produtores do país em um evento na Casa Branca.

Parte do pacote de auxílio pode incluir pagamentos diretos de 2 dólares por bushel a produtores dos EUA para grãos de soja, informou a Bloomberg nesta semana.

Perdue citou os esforços já em andamento para aumentar o acesso aos produtos agrícolas dos EUA na Índia, Malásia, Tailândia e Filipinas, entre outros países, mas reconheceu que a China era o principal protagonista e expressou a esperança de que as negociações possam voltar aos trilhos.

 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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