Soja fecha em queda na CBOT à espera do USDA e com clima melhor nos EUA

Nesta quarta-feira (26), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificaram suas baixas e terminaram o dia perdendo entre 8,25 e 9,25 pontos nos principais contratos, com as primeiras posições terminando o dia abaixo dos US$ 9,00 por bushel.
O julho fechou o dia com US$ 8,94 e o agosto, US$ 8,99 por bushel, enquanto o novembro ainda conseguiu se sustentar nos US$ 9,18. Os preços do milho também recuaram neste pregão.
O posicionamento dos traders às espera dos novos boletins que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira leva o mercado a uma realização de lucros depois das altas dos últimos dias. E um dos mais importantes relatórios é o de área de plantio.
De acordo com a avaliação de especialistas, principalmente os internacionais, a expectativa é de que essa seja a maior área sem plantio da história dos EUA. Muitos agricultores afinal, optaram por destinar parte de sua propriedade ao programa de seguro conhecido como Prevent Plant.
No caso da soja se espera uma área de plantio a ser reportada no dia 28 em 34,14 milhões de hectares, enquanto no último dia 10 o USDA trouxe 34,24 milhões e, em março, 34,25 milhões de hectares.
O outro é o boletim de estoques trimestrais nos EUA. Os números em 1º de junho de 2019 podem bater o recorde, que foi registrado na mesma data em 2018, e ficar em 50,65 milhões de toneladas. Há um ano este número era de 33,18 milhões. O intervalo esperado pelo mercado é de 46,27 a 53,4 milhões de toneladas.
Leia mais:
>> Estoques trimestrais dos EUA podem superar recorde de 1º de junho de 2018
Outro fator de pressão sobre as cotações é a ligeira melhora prevista para o clima no Corn Belt nos próximos dias. "Se espera um tempo consideravelmente mais seco nesta próximas semana, o que é bom para a produção de soja e milho dos EUA, porém, não para os preços", diz o analista do portal Farm Futures, Ben Potter.
O mapa para os próximos sete dias, atualizado pelo NOAA nesta quarta-feira, já mostra acumulados bem menores de chuvas para o período em questão do que os mapas das últimas semanas.

PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, o dia foi de baixas nesta quarta-feira, principalmennte nos portos, enquanto a maior parte das praças de comercialização registrou estabilidade no dia. A alta do dólar acabou compensando as baixas em alguns locais.
Em Paranaguá, baixa de 0,61% no disponível e para julho, com preços de R$ 81,50 e R$ 82,00 por saca. Em Rio Grande, perdas respectivas de 0,73% e 0,60%, com R$ 81,70 e R$ 82,30.
1 comentário
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SERGIO BOFF São João - PR
Se der 3 dias de sol nos EUA, o soja vêm a 60 reais..., o que aconteceu até agora (e os preços se mantiveram estáveis), podem ter certeza que teremos baixa até estar nas mãos dos atravessadores..., é uma pena, somos sempre penalizados enquanto não tivermos uma classe que apóia nossa agricultura com o devido respeito.
Sr. Sergio, todo ano é assim... qdo nao temos produto sobem os preços, porem muita gente vende na pior hora possivel para sempre honrar os compromissos ... não tem nesse pais classe mais honesta que a nossa ... porem tem alguma coisa sempre remando contra ... fico pensando sera´que chuvarada, seca, granizo, geada em outros paises é diferente daqui???... então vamos tocando esse barco que leva esse pais pra frente faz muito tempo... e fé em Deus ...obrigado.