Soja sobe forte em Chicago com rumores de compras da China e puxa preços no BR

Publicado em 19/07/2019 18:06

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Depois de uma semana de baixas consecutivas, o mercad da soja na Bolsa de Chicago conseguiu recuperar bastante terreno e disparou mais de 20 pontos nesta sexta-feira (19). A intensificação das questões políticas nos EUA voltaram a motivar um avanço dos futuros da commodity no cenário internacional.

Assim, o agosto terminou os negócios deste último pregão da semana sendo cotado a US$ 9,01 por bushel, enquanto o novembro foi a US$ 9,19. 

Acompanhando as altas fortes na Bolsa de Chicago e também uma leve recuperação do dólar, os preços da soja nos portos brasileiros subiram mais de 1% nesta sexta. Em Paranaguá, no spot a oleaginosa subiu 1,29% para R$ 78,50 por saca, enquanto foi a R$ 78,60 em Rio Grande, com ganho de 1,42%. Para agosto, R$ 79,50 em ambos os casos, com avanço de 1,92% e 1,27%, respectivamente. 

Os preços, segundo relataram analistas e consultores de mercado, refletiram os rumores de que a China teria feito uma nova compra de soja nos EUA na casa de 3,8 milhões de toneladas. A informação não foi oficialmente confirmada, porém, tomou conta do mercado. Ao lado desse rumor, veio outro ainda dando conta de que Pequim poderia reduzir a taxa de importação sobre a oleaginosa norte-americana em algo entre 1% e 2%, segundo informou a consultoria ARC Mercosul. 

Tal medida poderia ser anunciada ainda neste final de semana e, de acordo com os especialistas da ARC, teriam o objetivo de "impulsionar a economia degradada pelos embates políticos destes últimos 15 meses". 

As conversas entre China e Estados Unidos foram retomadas nos últimos dias, depois de uma severa paralisação nos últimos meses, porém, ainda não trazem grandes novidades. As especulações sobre um avanço das negociações em um mercado já um tanto desgastado pelas informações que possui e depois de perder patamares consideráveis foi o suficiente para motivar os preços e levar os fundos investidores à ponta compradora do mercado.

CLIMA NOS EUA

Apesar de toda essa movimentação, os traders não desviam suas atenções da questão climática no Meio-oeste americano. As condições esperadas para os póximos dias agora são de tempo quente e úmido, o que em muitas regiões ainda pode trazer um comprometimento maior para o desenvolvimento das já prejudicadas lavouras norte-americanas. 

"As temperaturas durante o dia no centro dos EUA continuam mais altas do que o normal para os próximos dias, antes de mudar completamente para mais baixas do que o normal no começo da próxima semana, principalmente nas Planícies", relata o analista de mercado Ben Potter, do site internacional Farm Futures.

Sobre as chuvas, o NOAA - o serviço oficial de clima do governo norte-americano - espera volumes maiores ainda sendo esperados para a região leste dos EUA, como mostra o mapa a seguir. A previsão vale para o período de 20 a 23 de julho. 

NOAA 3 dias

Segundo o diretor do SIMConsult, Liones Severo, estatísticas mostram ainda que este ano tem o desenvolvimento das safras de soja e milho mais atrasado da história dos EUA. Tais condições deveriam resultar em bons preços na Bolsa de Chicago, porém, o impacto é mais limitado nesse cenário de guerra comercial, demanda menor nos EUA e estoques elevados. 

O mercado internacional segue atento ainda às atualizações sobre os números de área que chegam dos EUA pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 12 de agosto, e os dados também deverão provocar especulações no mercado até que sejam reportados.

No link a seguir, confira a íntegra da entrevista de Liones Severo ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira:

>> Saldo de soja exportável do Brasil de setembro a janeiro será de apenas 8 mi de t, diz Severo

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Tags:
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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