Soja: Preços sobem nos portos e Brasil fecha semana de bons negócios

Nesta sexta-feira (4), os preços da soja fecharam o dia com leves altas na Bolsa de Chicago, enquanto no Brasil, o dólar encerrou os negócios marcando sua mínima em seis semanas. E assim, os valores da soja praticados nos portos do país também terminaram a semana registrando leves ganhos.
No porto de Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 87,50 e em Rio Grande, com R$ 86,70, subindo respectivamente 0,57% e 0,58%. Para a safra nova, altas de 0,71% e 0,58%, levando os indicativos a R$ 85,60 no terminal paranaense e a R$ 86,50 no gaúcho.
No interior, a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas fechou o dia em campo negativo, levando os preços em Sorriso/MT, por exemplo, a perderem cerca de 2,86% para R$ 68,00 por saca.
Apesar das baixas pontuais, os negócios continuam a acontecer no Brasil e, de acordo com a agência Safras & Mercado, as vendas da safra nova ganharam um novo e bom ritmo nos últimos dias. São mais de 25% da nova temporada já comercializados. A perspectiva é de que o Brasil colha uma safra recorde de mais de 125 milhões de toneladas.
"Diria que recuperamos o atraso, principalmente pelos preços; em agosto e setembro melhoraram muito por câmbio e prêmios", disse à Reuters o analista Luiz Fernando Roque, da Safras.
Leia mais:
>> Produtor de soja do Brasil aproveita e tira atraso nas vendas, diz Safras
E veja ainda:
>> Soja: Brasil deve ter menor expansão de área em 13 anos, mostra pesquisa da Bloomberg
BOLSA DE CHICAGO
O mercado atuou com bastante cautela nesta última sessão da semana, mesmo com as boas notícias dos últimos dias, principalmente aquelas ligadas à demanda da China nos EUA. As compras, nas últimas semanas, superaram 3 milhões de toneladas.
Ainda assim, fechou o pregão com pequenas altas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 9,16 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,50 por bushel.
Ainda segundo analistas internacionais, os traders já começam também a se posicionar à espera dos novos números do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da semana que vem.
Na próxima semana, o mercado também acompanha as reuniões dos times de alto escalão da China e dos EUA na capital americana. As delegações voltam a se encontrar para retomar as conversas e negociações em torno da guerra comercial.
Ademais, é mantida ainda a atenção ao andamento da colheita nos EUA e às condições adversas de clima para os trabalhos de campo no Meio-Oeste americano neste momento. Além do quadro climático ruim, as primeiras produtividades que vêm sendo registradas são baixas, como já se esperava.
"A soja e o milho que estão no noroeste do Corn Belt enfrentam uma séria ameaça do tempo muito frio, que prejudica a conclusão da safra. As previsões de geadas para esta sexta-feira se estendem do Noroeste do Kansas ao oeste de Minnesota, de acordo com os modelos climáticos americanos", diz Bryce Knorr, analista sênior do portal Farm Futures. E os modelos europeus confirmaram o frio das últimas 24 horas.
Leia mais:
>> Frio intenso e algumas geadas comprometem avanço da colheita de soja e milho nos EUA
0 comentário
Soja fecha em baixa na Bolsa de Chicago, enquanto dólar volta a subir frente ao real
Soja tem 6ª feira de movimentos tímidos em Chicago, mas passa a operar em queda
Soja retoma negócios em alta nesta 6ª em Chicago, após rally da véspera de Natal
Safra de soja do Rio Grande do Sul se desenvolve bem, aponta Emater
Retro 2025 - Soja/Cepea: Oferta global recorde derruba preços internos e externos em 2025
Argentina: Processamento de soja caiu em novembro e o mercado começa a sentir a escassez do produto