Soja: Preços sobem nos portos e Brasil fecha semana de bons negócios

Publicado em 04/10/2019 17:20 e atualizado em 04/10/2019 18:24

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Nesta sexta-feira (4), os preços da soja fecharam o dia com leves altas na Bolsa de Chicago, enquanto no Brasil, o dólar encerrou os negócios marcando sua mínima em seis semanas. E assim, os valores da soja praticados nos portos do país também terminaram a semana registrando leves ganhos. 

No porto de Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 87,50 e em Rio Grande, com R$ 86,70, subindo respectivamente 0,57% e 0,58%. Para a safra nova, altas de 0,71% e 0,58%, levando os indicativos a R$ 85,60 no terminal paranaense e a R$ 86,50 no gaúcho. 

No interior, a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas fechou o dia em campo negativo, levando os preços em Sorriso/MT, por exemplo, a perderem cerca de 2,86% para R$ 68,00 por saca. 

Apesar das baixas pontuais, os negócios continuam a acontecer no Brasil e, de acordo com a agência Safras & Mercado, as vendas da safra nova ganharam um novo e bom ritmo nos últimos dias. São mais de 25% da nova temporada já comercializados. A perspectiva é de que o Brasil colha uma safra recorde de mais de 125 milhões de toneladas. 

"Diria que recuperamos o atraso, principalmente pelos preços; em agosto e setembro melhoraram muito por câmbio e prêmios", disse à Reuters o analista Luiz Fernando Roque, da Safras. 

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BOLSA DE CHICAGO

O mercado atuou com bastante cautela nesta última sessão da semana, mesmo com as boas notícias dos últimos dias, principalmente aquelas ligadas à demanda da China nos EUA. As compras, nas últimas semanas, superaram 3 milhões de toneladas. 

Ainda assim, fechou o pregão com pequenas altas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 9,16 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,50 por bushel. 

Ainda segundo analistas internacionais, os traders já começam também a se posicionar à espera dos novos números do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da semana que vem. 

Na próxima semana, o mercado também acompanha as reuniões dos times de alto escalão da China e dos EUA na capital americana. As delegações voltam a se encontrar para retomar as conversas e negociações em torno da guerra comercial. 

Ademais, é mantida ainda a atenção ao andamento da colheita nos EUA e às condições adversas de clima para os trabalhos de campo no Meio-Oeste americano neste momento. Além do quadro climático ruim, as primeiras produtividades que vêm sendo registradas são baixas, como já se esperava. 

"A soja e o milho que estão no noroeste do Corn Belt enfrentam uma séria ameaça do tempo muito frio, que prejudica a conclusão da safra. As previsões de geadas para esta sexta-feira se estendem do Noroeste do Kansas ao oeste de Minnesota, de acordo com os modelos climáticos americanos", diz Bryce Knorr, analista sênior do portal Farm Futures. E os modelos europeus confirmaram o frio das últimas 24 horas. 

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>> Frio intenso e algumas geadas comprometem avanço da colheita de soja e milho nos EUA

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Por:
Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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