Soja: Bolsa de Chicago fecha estável nesta 2ª feira com ausência de novas notícias

Publicado em 28/10/2019 17:05

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A falta de notícias positivas e fortes o suficientes manteve as cotações da soja estáveis na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (28). O mercado terminou o dia com os principais vencimentos subindo entre 0,50 e 1,25 ponto, depois de conseguir ganhos de até 4 pontos nos melhores momentos do dia. O contrato novembro/19 terminou os negócios com US$ 9,20 e o maio/20, US$ 9,58 por bushel. 

As cotações seguem confinadas em um intervalo de preços ainda muito dependente de informações ligadas, principalmente, sobre a demanda pela oleaginosa norte-americana. E para o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity Consultoria, a tendência é de que as baixas continuem caso essas notícias não cheguem para movimentar no mercado. 

Desde o último dia 11, os traders esperam por mais detalhes sobre a chamada "fase um" de um acordo que foi firmado entre representantes chineses e americanos em Washington. No entanto, até agora mais detalhes ainda não foram informados. Da mesma forma, na semana passada, a China informou uma cota de 10 milhões de toneladas de soja podendo ser importada nos EUA isentas de tarifação, mas também sem confirmações ou grandes detalhes, o que ajuda a manter o mercado morno.  

"Desde que Trump declarou um momento de 'reconciliação' com Jinping, nenhum dado concreto foi publicado. Nem mesmo o lado chinês trouxe qualquer confirmação oficial", disseram os diretores da ARC Mercosul em seu reporte diário. 

Assim, nem mesmo a notícia de embarques semanais de soja fortes pelos EUA, acima do esperado pelo mercado, foi suficiente para motivar os preços. 

Na semana encerrada em 24 de outubro, foram 1.568,399 milhão de toneladas, contra expectativas que variavam de 900 mil a 1,28 milhão de toneladas. O volume é também ligeiramente maior do que o da semana anterior. No acumulado da temporada, o total dos embarques norte-americanos chegam a 8.061,680 milhões de toneladas, já superando o total do mesmo período da temporada anterior. Há um ano, os embarques americanos eram de pouco mais de 7,3 milhões. 

Quando o assunto é clima, o mercado também não trabalha com grandes ameaças no horizonte. Além disso, as informações são bem parecidas com a dos últimos dias e ainda também insuficientes para mudar o andamento dos preços. 

Nos EUA, alguns locais sofrem com o excesso de umidade e com a incidência de neve em algumas regiões ainda impedem o bom avanço da colheita, condições, no entanto, que já teriam sido absorvidas pelo mercado. No Brasil, o plantio passa de 30% da área, mostrando, para alguns analistas, certo atraso ainda em função das chuvas irregulares.

"A ARC lembra que apesar de parecer “tarde demais”, a safra verão nestas regiões (onde as precipitações ainda são bem escassas) ainda poderá ser salva, entretanto sacrificando boa parte da janela de plantio da safrinha em 2020. Ainda é prematuro deteriorar as estimativas de produção da soja na safra 19/20", complementam os diretores da consultoria. 

PREÇOS NO BRASIL

O dólar abaixo dos R$ 4,00 e marcando uma nova sessão de perdas frente ao real provocou uma baixa generalizada nos preços da soja brasileira. Nos portos e no interior, as perdas foram consideráveis e chegaram a passar de 1% em algumas localidades. 

Em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, a saca caiu ,32% para ser cotada a R$ 75,00, enquanto em Alto Garças, Mato Grosso, perdeu 1,01% para chegar aos R$ 78,50. Em Assis, no estado de São Paulo, baixa de 1,26% para os mesmos R$ 78,50 por saca. 

Nos portos, destaque para a safra nova em Rio Grande, que caiu 1,15% para R$ 86,00, enquanto em Paranaguá a perda foi de 0,58% para R$ 86,00. Para a soja disponível, estabilidade no terminal paranaense em R$ 87,00 e queda de 0,58% para R$ 86,00 no gaúcho. 

Ainda como explica Fernando Pimentel, a movimentação cambial será determinante para a direção das cotações no mercado brasileiro. No link abaixo, veja sua entrevista ao Notícias Agrícolas na íntegra:

>> Preço da soja no mercado interno perde força com dólar abaixo dos R$ 4 e movimento cambial passa a determinar rumo das cotações

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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