Soja: Mercado segue estável e precisa de mais detalhes para voltar a se posicionar

Publicado em 19/12/2019 17:39

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Os preços da soja caíram no mercado brasileiro nesta quinta-feira (19). O mercado foi pressionado pela realização de lucros dos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago, porém, as baixas foram limitadas pela leve alta do dólar frente ao real e por prêmios um pouco mais sustentados no país. 

"O mercado da soja está mostrando pouco movimento, sem vendedores no Brasil neste momento", como explica o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, relatando os patamares atuais distantes dos almejados pelos produtores brasileiros.

No porto de Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 88,00 e a safra nova, R$ 86,50 por saca, com perdas de 0,56% e 0,57%. Em Rio Grande, as referências encerraram o dia com R$ 87,30 no spot, com perda de 0,23%, e R$ 87,50 para a nova temporada. 

Mais do que observando preços menores neste momento, o sojicultor também deixa a comercialização - que está bem adiantada, com mais de 35% da nova safra vendida - para dedicar-se aos trabalhos de campo, aproveitando as boas condições do cenário climático em quase todo o Brasil.

"O clima está regular em quase todas as regiões, com lavouras entre o Sul e Norte apontadas como boas a excelentes, mas ainda com problemas em parte do Rio Grande do Sul" completa Brandalizze.

Não só a safra do Brasil, mas a produção de soja da temporada 2019/20 da América do Sul chama a atenção e pode alcançar as 190 milhões de toneladas, como explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. E como orientação, o importante é que o produtor conte com uma boa estratégia para seguir com as vendas e fazer hedge, como uma de suas opções, para sair do risco. 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Sousa:

>> Atenção para a América do Sul: safra de soja pode chegar a 190 milhões de toneladas

MERCADO INTERNACIONAL

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja terminaram o dia com perdas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos. O janeiro/20 terminou o dia com US$ 9,24 e o março, US$ 9,36 por bushel. 

O mercado internacional segue passando por uma correção técnica depois do rally que foi iniciado no começo deste mês, como explica o consultor da AgroCulte e Cerealpar, Steve Cachia. 

"Interessante notar que a cada tentativa de queda maior, o mercado nos últimos dois dias tem encontrando renovado interesse de compra", diz o analista. 

Ainda assim, como ele explica, está mantido o otimismo e a projeção de preços mais elevados para a soja na CBOT com o acordo para a fase um entre China e EUA e as retenciones mais altas na Argentina. 

Mais detalhes sobre ambos os casos, no entanto, ainda precisam ser mais conhecidos para que possam voltar a direcionar os preços e dar combustível aos negócios. 

Nesta quinta, o que ajudou a amenizar as perdas em Chicago foi o anúncio de uma nova venda de soja de 126 mil toneladas dos EUA para a China e as exportações semanais norte-americanas fortes, porém, dentro do esperado. 

Os EUA venderam 1.430,6 milhão de toneladas de soja para exportação na semana encerrada em 12 de outubro, de acordo com os números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim nesta quinta-feira (19). O número, apesar de forte, vem dentro das expectativas do mercado de 950 mil a 1,8 milhão de toneladas. A China foi a maior compradora da soja norte-americana. O total subiu 36% em relação à semana anterior e 18% se comparado ao volume da média dos últimos quatro anos. 

Em todo o ano comercial, as vendas da oleaginosa somam 28.425,0 milhões de toneladas, acima do total registrado no mesmo período do ano anterior. O departamento estima as vendas 2019/20 em 48,31 milhões de toneladas. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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