Rentabilidade média em 2019 no mercado físico de soja alcançou 8,42%, diz Datagro

Publicado em 29/01/2020 10:06

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O ano de 2019 foi positivo para os produtores de soja do País e 2020 também deve contar com um cenário favorável, informou nesta terça-feira, 28, em nota, a consultoria Datagro. A soja no mercado físico teve rentabilidade média de 8,42%, já descontada a inflação de 4,38% (índice IPC da Fipe), conforme levantamento da consultoria. "Entendendo rentabilidade como a variação mensal acumulada, como se fosse um ativo financeiro, descontado o valor da inflação, o resultado ficou praticamente estável em relação ao ano de 2018, com 8,36%", diz a consultoria. No ano de 2017, a rentabilidade foi de -10,24% e, em 2016, -9,53%. "Apesar de resultado positivo em 2019, o número ainda ficou abaixo dos +12,22% de 2015", diz a Datagro.

Ainda de acordo com a consultoria, a média dos preços da oleaginosa no ano passado no País ficou praticamente estável, em R$ 75,15 a saca de 60 quilos, 0,5% menor ante os R$ 75,49/saca de 2018. "O pico durante o ano foi registrado em dezembro em R$ 83,11/saca. Porém, em função da alta na taxa de câmbio, o valor médio em dólares teve recuo em 8%, passando de US$ 20,69 para US$ 19,04 a saca", diz a consultoria. Já as melhores épocas para venda foram entre agosto e dezembro, com pico em dezembro, informa o coordenador da Datagro Grãos, Flávio França Júnior.

Em relação à lucratividade - que mede a relação bruta entre a receita média obtida e o custo de produção da oleaginosa -, a safra passada teve resultado positivo em praticamente todas as áreas de plantio direto levantadas pela consultoria. Entre importantes municípios produtores de soja do País, Rio Verde (GO) alcançou 44% de lucratividade, abaixo dos 52% do ano anterior. Cascavel (PR), por sua vez, teve ganho médio de 33%, ante 49% em 2018, e Rondonópolis (MT), 20%, ante 28% no ano anterior.

Para 2020, França Júnior diz que o cenário ainda deve ser favorável. "Mesmo com maiores custos de produção, a expectativa positiva para a produtividade, e combinando com preços provavelmente elevados, a tendência é que a renda dos produtores avance pela 14ª safra consecutiva em 2020", ressalta.

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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