DATAGRO revisa projeção de exportações do complexo soja do Brasil para 91,90 mi de t em 2020

Publicado em 22/04/2020 11:45 e atualizado em 22/04/2020 13:22
Embarques da oleaginosa foram atualizados ante estimativa anterior, mas ainda devem ser mais altos que em 2019

As projeções de volume e receita das exportações do complexo soja do Brasil em 2020 foram atualizadas pela Consultoria DATAGRO. Os embarques totais foram revisados para 91,90 milhões de toneladas ante 93,60 milhões de t da última estimativa e 0,1% maior do que o volume embarcado em 2019 (91,78 milhões de t), mas abaixo do volume recorde de 101,35 milhões de t de 2018.

Os embarques específicos de soja em grão foram atualizados pela DATAGRO para 74,30 milhões de t, abaixo do levantamento anterior, mas com 0,3% de elevação ante 2019, 16,70 milhões de t de farelo de soja, com 0,2% de aumento, e o volume de 900 mil t de óleo de soja, com 13,5% de retração sobre o ano anterior.

A elevação dos embarques nesta temporada ante 2019, apesar de revisão baixista ante a última estimativa, acompanha as projeções preliminares para a safra brasileira com a colheita virtualmente concluída, além das taxas positivas de incremento do consumo mundial, apesar da crise gerada pela Covid-19, e as perdas severas da safra 2019 nos Estados Unidos.

O corte realizado na projeção de exportações de soja esteve relacionado com a revisão feita anteriormente pela DATAGRO para a produção potencial de soja na safra 2019/20, que passou para 121,92 milhões de t ante 123,62 milhões de t do levamento anterior. Ainda assim, com alta de 2% sobre a safra passada (119,19 milhões de t).

“Um importante fator de incertezas vem com o impacto da peste suína africana (PSA) sobre a demanda chinesa de soja e milho. Por conta do abate de boa parte do rebanho suíno, os chineses seguem aumentando a importação de carnes para atender a sua demanda, gerando demanda adicional de farelo e milho nos países fornecedores. Que é o caso do Brasil”, afirma Flávio Roberto de França Junior, coordenador da DATAGRO Grãos.

França elenca ainda como fatores de atenção o impacto na economia global gerado pela crise da Covid-19 e sua influência incerta na demanda por alimentos, o clima com a formação de um El Niño de fraca intensidade, parecido com as características de neutralidade, além da guerra comercial entre China e EUA, ainda com solução final em aberto.

A previsão de receita total recuou para US$ 31,97 bilhões neste ano, 2,0% inferior aos US$ US$ 32,63 bi do fechamento de 2019. A análise leva em conta as estimativas de preços médios parcialmente inferiores. “Essa projeção de cenário de preços mistos para o mercado neste novo ano, mas com predomínio de quedas, está associada à retração parcial na demanda por conta  da crise trazida pelo novo coronavírus”, ressalta França.

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Fonte:
Datagro

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