StoneX aumenta estimativa de produção de soja do país para 122,606 milhões de toneladas

A consultoria StoneX, antes conhecida como INTL FCStone, aumentou a estimativa de produção de soja da safra 2019/20 para 122,606 milhões de toneladas, ante 120,852 milhões de toneladas da previsão de junho. Segundo a consultoria, mesmo com a colheita já finalizada, houve ajustes positivos de produtividade, com destaque para Mato Grosso e Paraná, onde a produção da oleaginosa atingiu níveis recordes. Com isso, a projeção para a média de produtividade do Brasil subiu de 3,29 para 3,34 toneladas por hectare, enquanto a estimativa de área ficou estável em 36,758 milhões de hectares.
"Mesmo no Rio Grande do Sul, que enfrentou uma grande quebra de safra, houve uma revisão positiva do rendimento, com um leve ajuste da produção", disse a analista de Inteligência de Mercado do grupo Ana Luiza Lodi. Maranhão, Tocantins e Piauí também contribuíram para o aumento da estimativa de produção do País, com ajustes para cima nos números de produtividade.
Mesmo com essa produção maior, as exportações muito aquecidas têm trazido preocupações quanto à disponibilidade de soja no segundo semestre. "O balanço de oferta e demanda da oleaginosa deve terminar 2020 apertado, com estoques abaixo de 1 milhão de toneladas", afirmou Ana Luiza.
Além do aumento da produção, a StoneX ampliou sua estimativa de importação de 200 mil para 500 mil toneladas, e cortou em 500 mil toneladas a perspectiva de consumo interno, que ficou em 46,5 milhões de toneladas. Citando os recordes sucessivos de exportações nos últimos meses e os line-ups de navios indicando saídas ainda grandes de soja, a consultoria elevou a previsão de embarques em 2020 de 77 milhões para 80 milhões de toneladas.
Milho - A consultoria StoneX elevou a sua previsão de produção de milho segunda safra no Brasil de 71,389 milhões para 72,494 milhões de toneladas. A perspectiva de produtividade subiu de 5,34 para 5,42 toneladas por hectare, enquanto a estimativa de área aumentou de 13,373 milhões para 13,384 milhões de toneladas.
Entre os Estados, Mato Grosso foi o que registrou o maior avanço na expectativa de produção, de 33,237 milhões para 34,009 milhões de toneladas, número que, se confirmado, será um recorde histórico, segundo a StoneX. Outros Estados que também contribuíram para a alta na projeção foram Tocantins e Paraná. Ainda assim, no caso do Paraná, a colheita estimada em 10,974 milhões de toneladas será "consideravelmente mais baixa" ante o registrado no ciclo 2018/19, quando o Estado colheu 13,497 milhões de toneladas, ponderou a consultoria.
Para a primeira safra, a StoneX elevou a estimativa de colheita de 26,199 milhões para 26,292 milhões de toneladas. Segundo a analista de inteligência de mercado da consultoria Ana Luiza Lodi, o ajuste decorreu de um leve aumento da produtividade média nos Estados de Maranhão e Tocantins, com o último registrando também um avanço marginal de área.
A produção total do Brasil foi estimada em 100,12 milhões de toneladas. A consultoria cortou, contudo, a previsão de exportação para 33,5 milhões de toneladas. "Apesar de os embarques do cereal ganharem força somente no segundo semestre do ano, a competição com outros players exportadores deve ser acirrada nos próximos meses", diz Ana Luiza, lembrando que os EUA podem colher uma safra recorde.
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