USDA anuncia vendas de mais de 800 mil t de grãos para a China; nação asiática compra soja 2022 do BR

Publicado em 21/08/2020 11:33

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Os EUA anunciaram novas vendas para a China nesta sexta-feira (21) que totalizaram mais de 800 mil toneladas. De acordo com o reporte diário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foram 405 mil toneladas de milho e mais 400 mil toneladas de soja, ambos da safra 2020/21. O boletim informa ainda a venda de mais 368 mil toneladas de soja para destinos não revelados. 

O mercado em Chicago, novamente, não reage às novas compras e mantém seu foco sobre o andamento da nova safra norte-americana. Mesmo com o anúncio as cotações mantinham sua estabilidade e, por volta de 11h10 (horário de Brasília), perdiam entre 1 e 1,25 ponto nos principais vencimentos. Assim, o novembro tinha US$ 9,04 e o março/21, US$ 9,12 por bushel. 

CHINA X EUA x BRASIL

As relações entre China e Estados Unidos seguem bastante abaladas. No início da semana, o presidente americano Donald Trump afirmou que foi ele quem cancelou a conversa com Pequim marcada para o sábado, 15 de agosto. Na sequência, porta-vozes dos dois países afirmavam que novas conversas não estavam previstas. 

A semana foi passando e o tom foi se mostrando mais brando dos dois lados. Ainda assim, o cumprimento da fase um está mantido, as compras chinesas estão sendo feitas, mas ainda em ritmo insuficiente para que as metas firmadas em janeiro sejam alcançadas. 

E nesta sexta, a agência de notícias Reuters informou que China e EUA continuam ainda com suas relações bastante desalinhadas, divergindo sobre o andamento das questões comerciais. Trata-se das duas maiores economias do mundo em um conflito que passou de econômico a geopolítico e que já dura mais de dois anos. 

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Enquanto isso, os chineses seguem garantindo a compra de soja das próximas safras no Brasil, buscando se desvencilhar dos americanos cada vez mais. Inclusive a soja brasileira 2022 está sendo adquirida pela nação asiática. 

"Contatos da ARC nos portos do Brasil nos alertam que os chineses já estão garantindo compras de soja sul-americana para 2022, deixando comum as ofertas de compra do grão ao produtor rural", explicam os analistas de mercado da ARC Mercosul. "O avanço de comercialização futura indica um tensionamento da parte compradora, o que deixa mais
sensível qualquer movimentação especulativa diante de possíveis intempéries climáticas na safra brasileira", completam.

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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