Projeto Campo Futuro levanta custos de produção de soja, trigo e arroz no RS
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), realizou nesta semana três painéis de levantamento de custos de produção de soja, trigo e arroz no Rio Grande do Sul.
A iniciativa faz parte do Projeto Campo Futuro, que analisa as informações obtidas a partir da realidade produtiva apresentada pelos produtores. Desde o ano passado, os painéis são realizados em formato virtual, em razão da pandemia, obedecendo a normas de segurança sanitária.
Tupanciretã – Na segunda (31), foram analisados os custos de soja e trigo produzidos na safra 2020/2021. Dados preliminares revelaram destaque para a recuperação da produtividade das lavouras.
Em 2019, a falta de chuva reduziu as produtividades de soja para abaixo de 40 sacas/ha. Em 2020, as médias recuperaram e voltaram para perto de 60 sacas/ha. Segundo o assessor técnico da CNA, Fábio Carneiro, o resultado foi importante para equilibrar o passivo da safra passada, quando o resultado da lavoura apenas cobriu o custo operacional efetivo.
O trigo também registrou recuperação de produtividade e subiu de 43 para 55 sacas/ha. O plantio da nova safra se intensifica em junho de 2021 e o produtor deverá aumentar a área semeada em 2021.
Outra boa opção no ano passado foi o plantio de aveia branca. O resultado positivo também cobriu o custo total da cultura no rateio do painel de custo de produção, garantindo uma margem de 6,1%.
“Os produtores estão preocupados com o aumento do custo e do arrendamento para a safra que será plantada em setembro de 2021”, disse ele.
Camaquã – Pelo segundo ano consecutivo, o arroz alcançou boas produtividades e permitiu com que os orizicultores gaúchos pudessem recuperar os prejuízos que tiveram em safras passadas. Por outro lado, explica o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, o bom desempenho tem aumentado os preços dos arrendamentos.
“Os resultados foram bons. Segundo os produtores participantes foi um ano de recomposição de caixa. Para a próxima safra, porém, todos estão apreensivos em relação aos custos, principalmente pelo atual panorama de preços dos insumos”, afirmou Rodrigues.
Cruz Alta – Apesar da falta de chuvas na época de plantio e do atraso na semeadura, o desenvolvimento das lavouras de soja foi bom e resultou em boas produtividades finais. Em 2019, a região teve falta de chuvas no verão o que levou a baixa produtividade das lavouras. A soja BT/RR subiu de 32 sacas/ha para 66 sacas/ha.
“Os contratos fixados com preços entre R$ 80 e R$ 100, por saca, antes do plantio, reduziram o preço médio do produtor, que poderia ter tido melhores resultados com os preços atuais de soja”, explicou Fábio Carneiro.
O milho 1ª safra sequeiro, que é plantado mais cedo, foi o maior afetado. Nas áreas irrigadas com pivô central não houve perda de produtividade. A média do milho 1ª safra BT/RR irrigado foi de 235 sacas/ha, acima da produtividade da safra 2019/20, que ficou em 180 sacas/ha.
Em relação ao trigo, o produtor teve bom resultados na safra passada, o que incentiva a cultura na região em 2021. Conforme Carneiro, o cereal conseguiu pagar o custo total da atividade levantado no painel, o que dificilmente ocorria nos anos anteriores.
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