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Quebra da haste da soja: Problema afeta lavouras de vários estados, mas pesquisadores ainda investigam causa

Publicado em 30/12/2021 18:20 e atualizado em 30/12/2021 20:10
Em Lucas do Rio Verde/MT, o quadro já tira produtividade das primeiras lavouras colhidas

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A quebra prematura de plantas de soja tem sido um problemas bastante preocupante para produtores em diversos estados, principalmente em Mato Grosso. Os estudos ainda estão sendo feitos pelos especialistas nas áreas de fisiologia das plantas, fitopatologia, entomologia, e genética da oleaginosa, porém, sem uma conclusão para todos os casos. 

Segundo o pesquisador da Embrapa Sérgio Abud, os casos ocorridos em Mato Grosso se assemelham aos do sul do país, porém, podem ter causas distintas, uma vez que as condições climáticas são diferentes. Enquanto o estado mato-grossense sofre com períodos chuvosos em excesso, Paraná e Rio Grande do Sul ainda são castigados pela seca intensa e por temperaturas muito elevadas. 

A queda de plantas não é um problema novo no Brasil. Segundo Abud, foram relatadas quedas de plantas no sudoeste goiano no final dos anos 1990, no Maranhão no início dos anos 2000 e no Paraná em 2015. As causas ainda não foram identificadas, mas os especialistas estão buscando as respostas e esperam divulgá-las aos produtores muito em breve. 

No município de Lucas do Rio Verde, muitas lavouras no município estão apresentando apodrecimento dos grãos ainda dentro das vagens e acamamento das plantas devido ao excesso de chuvas e falta de luminosidade nos últimos 60 dias.

“Estamos detectando vários problemas de sanidade da soja. Temos um problema de tombamento que a planta, antes de madurar, quebra no caule e faz um tombamento quase geral no talão. Não se sabe o tamanho do estrago, quantas lavouras foram atingidas, mas que já está existindo está e posso adiantar que não são em poucas lavouras. Então já estamos preocupados com esse problema”, diz Antônio Isaac Fraga Lira, presidente do Sindicato Rural do município. 

Veja a íntegra da entrevista de Lira ao Notícias Agrícolas:

+ Colheita da soja começa em Lucas do Rio Verde/MT com preocupação para chuvas, apodrecimento de grãos e acamamento de lavouras

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Lavouras de soja acamadas em Lucas do Rio Verde - Safra 2021/22 - Dezembro de 2021

A empresa Proteplan Pesquisa e Assessoria Agrícola divulgou um comunicado técnico também reforçando que os estudos estão sendo feitos nas mais diversas regiões afetadas pelo problema e que tão logo os resultados estejam mais avançados serão divulgados. 

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Imagens: Proteplan Pesquisa e Assessoria Agrícola
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Imagens: Proteplan Pesquisa e Assessoria Agrícola

"A ocorrência do quebramento de haste principal na cultura da soja vem sendo observada em diversas regiões brasileiras. Há relatos no Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão e, especialmente, em Mato Grosso, com maior frequência na região de Sorriso desde a safra 2020/2021, expandindo-se para outras regiões adjacentes na safra 2021/2022. O problema é caracterizado, incialmente, pelo alongamento do caule entre a folha cotiledonar e as folhas primárias, seguido pelo estreitamento dessa mesma região e posteriormente pela quebra da haste principal a partir da fase reprodutiva, causando a interrupção do ciclo da cultura.

A causa do quebramento da haste é desconhecida, contudo, diante das avaliações realizadas até o momento, na região de Sorriso verificou-se a ocorrência em maior frequência em ambientes com baixo teor de matéria orgânica, solos descobertos, em determinadas variedades, predominantemente em materiais com grupo de maturação igual ou superior a 8.0 e em semeaduras realizadas após a segunda dezena de outubro de 2021", diz o comunicado da Proteplan.

Em seu canal no Youtube, o professor Marcelo Gripa Madalosso, da Madalosso Pesquisas, também falou sobre os casos, levantando as probabilidades, mas reforçando que os resultados ainda são inconclusivos. "Bastante complexo este fenômeno, ainda não temos o agente causal definitivo e está acontecendo em várias partes do país", explica. 

Veja a íntegra:

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Tags:
Por:
Carla Mendes e Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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