Complexo soja tem baixas fortes no farelo e no grão, enquanto o óleo dispara mais de 2% na CBOT
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A volatilidade segue muito presente no mercado de grãos na Bolsa de Chicago e continua sendo refletida no pregão desta sexta-feira (22) para os futuros do complexo soja. Perto de 12h15 (horário de Brasília), enquanto o óleo de soja subia mais de 2,4% - já tendo testado altas superiores a 3% - o farelo recuava mais de 2%. Dessa forma, a soja em grão já testou os dois lados da tabela e, no início da tarde de hoje, voltava a operar no vermelho, com perdas de 11,75 a 16,25 pontos nos contratos mais negociados. O maio tinha US$ 17,32 e o julho, US$ 17,04 por bushel.
A sexta-feira parece ser de baixa generalizada para as commodities agrícolas, porém, com comportamentos ainda muito voláteis. Além da soja em grão e do farelo, recuam ainda o milho e o trigo na CBOT, o petróleo e as soft commodities na Bolsa de Nova York. No mesmo momento, o dólar dispara frente ao real, com altas que chegam perto de 3%.
Perto de 12h20, a moeda americana subia 2,92% para ser cotada a R$ 4,76, o que ajuda na formação dos preços no mercado nacional.
"O movimento de sell off generalizado das commodities nessa sexta-feira traz fortes perdas às moedas dos países emergentes, e com o real não é diferente. Como a disparada recente nos preços das matérias-primas vinha impulsionando fortemente nossa moeda em relação à divisa norte-americana, quando os preços das commodities tombam, há um movimento contrário, de depreciação do real", explica a equipe da Agrinvest Commodities.
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Os traders permanecem dividindo suas atenções entre a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, e o clima nos Estados Unidos, onde o plantio da safra 2022/23 está em andamento. Ao mesmo também mantêm atenção sobre o comportamento da demanda e a baixa oferta na América do Sul.
"Os brokers se atentam as negociações entre a Rússia e os países ocidentais, que estão paralisadas, deixando as tropas e soldados ucranianos em apuros com pouca esperança de que haverá um fim para os combates em breve", afirma Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro. "O clima norte-americano continua como um dos fundamentos importantes neste momento e os players ficam atentos às suas atualizações. Apesar de uma melhora da temperatura nas próximas semanas, a seca continua nas planícies do oeste", completa.
ALTAS DO ÓLEO
A disparada do óleo de soja na Bolsa de Chicago reflete as preocupações do mercado, segundo analistas e consultores de mercado, a proibição das exportações de óleo de palma - o óleo mais consumido no mundo - a partir do próximo dia 28. Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente indonésio Joko Widodo afirmou que o objetivo é interromper as vendas externas de forma a conter, ao menos em partes, os preços internos do derivado.
“Vou acompanhar e avaliar a implementação desta política para que a disponibilidade de óleo de cozinha no mercado interno se torne abundante e acessível”, disse Widodo, líder do maior exportador global de óleo de palma.
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