Soja acelera ganhos em Chicago nesta 2ª com foco no clima adverso da AMS
Os futuros da soja vêm acelerando suas altas na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (11). Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações subiam de 18 a 20,25 pontos, levando o janeiro a US$ 13,24 e o maio a US$ 13,56 por bushel. Altas de mais de 1% se desenhavam também entre os futuros do farelo de soja, na CBOT, com o contrato mais negociado chegando aos US$ 409,80 por tonelada curta, e também servindo de combustível para os preços do grão.
"Parece que Milei não vai desvalorizar muito o câmbio oficial como esperado. O farmer selling da soja e do milho deve seguir lento. Os futuros do farelo estão puxando hoje", afirmam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Ao lado do farelo, o clima na América do Sul. Passada a semana de novos boletins da Conanb (Companhia Nacional de Abastecimento) e do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o foco volta a ser completamente o clima na América do Sul.
"O final de semana foi de tempo predominantemente seco no Brasil, com chuvas no Paraguai e parte da Argentina na sexta feira. A soja brasileira está declinando em termos de produtividade, com o Centro-Oeste necessitando de chuvas em algumas regiões que foram mais afetadas pela seca", relata o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Para os próximos dez dias, de acordo com os modelos americano e europeu, as chuvas deverão ficar abaixo da média. "Isso se confirmando principalmente no centro oeste, começa complicar e a safra deve declinar. O número da Labhoro para a safra Brasileira de soja é 157 milhões de toneladas, abaixo do 161 milhões divulgados pelo USDA em seu relatório. E o mercado pode seguir reagindo em função das projeções climáticas mostradas pelos modelos", complementa Sousa.
O plantio segue para a fase final e, de acordo com os últimos números trazidos pela Pátria Agronegócios, na última sexta (8), passa de 88% da área 2023/24.
A semana também se inicia atenção à China, que segue ainda presente no mercado, buscando garantir a recomposição de seus estoques e os atuais preços. Nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 132 mil toneladas da oleaginosa à nação asiática.
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